PANDEMIA

Associação de pais e alunos pede que escolas do DF não sejam fechadas

Governador Ibaneis Rocha anunciou novas restrições contra a pandemia nesta segunda. Aspa defende que colégios devem ter atividades suspensas apenas em "casos de extrema necessidade"

Ana Isabel Mansur
postado em 17/01/2022 17:15
Aspa destaca que é essencial garantir que as aulas continuem sendo gravadas pelas instituições, a fim de facilitar a reposição dos conteúdos aos estudantes afastados -  (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)
Aspa destaca que é essencial garantir que as aulas continuem sendo gravadas pelas instituições, a fim de facilitar a reposição dos conteúdos aos estudantes afastados - (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)

Em meio ao anúncio de novas restrições de segurança para conter o avanço da pandemia da covid-19 no Distrito Federal, a Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa) publicou nota, nesta segunda-feira (17/1), defendendo que "as escolas sejam as últimas a fechar, realmente ocorrendo apenas em casos de extrema necessidade." O pedido da Aspa ocorre devido ao crescimento de casos da doença, associado às infecções por influenza.

Alexandre Veloso, presidente da associação, afirmou ao Correio que o grupo enviará, em breve, um pedido formal ao Governo do Distrito Federal, por meio de ofício. No texto, a Aspa argumenta que as escolas são locais seguros, desde que respeitadas as medidas contra o contágio das infecções virais.

"Temos uma dívida com nossos estudantes, que ainda é creditada aos anos de 2020 e 2021. Por isso, há a urgente necessidade de que o retorno seja totalmente presencial, sendo imprescindível antever como ficará a reposição das aulas perdidas para os alunos que testarem positivo ou tiverem contato próximo com pessoas contaminadas", aponta a associação.

A Aspa destaca que é essencial garantir que as aulas continuem sendo gravadas pelas instituições, a fim de facilitar a reposição dos conteúdos aos estudantes afastados. A associação pede que haja legislação específica determinando o registro das aulas, mesmo que não sejam transmitidas ao vivo.

"Certo que a legislação correlata já prevê assistência aos alunos internados por longo período, mas o que estamos tratando aqui é da situação pandêmica, que exige afastamentos de até 15 dias. Como seria difícil ou quase impossível que as escolas repusessem as aulas perdidas, torna imperioso obter posicionamento do CNE (Conselho Nacional de Educação), e também do CEDF (Conselho de Educação do DF)", cobra a Aspa.

Medidas limitadas

Por enquanto, as restrições sanitárias têm afetado apenas o setor cultural e de eventos. Na última semana, o GDF proibiu a realização de shows, festas e eventos com venda de ingressos.

Nesta segunda-feira (17/1), Ibaneis Rocha (MDB) determinou que o Executivo local proíba o uso de pistas de dança na capital federal. Segundo o governador, o decreto com a medida está sendo preparado.

Mortes não estão em alta

Apesar do crescimento das infecções por covid-19, as mortes em decorrência da doença não estão acompanhando a mesma evolução, graças à vacinação. A imunização com duas doses das vacinas ou com o imunizante de aplicação única cobre 75,44% da população do DF acima de 5 anos. O Distrito Federal deu início à imunização de crianças no domingo (17/1).

Desde 24 de dezembro de 2021, o índice de contágio da doença na capital federal está em patamares elevados. Na véspera de Natal, o valor estava em 0,8; no último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, divulgado na sexta-feira (14/1), o número chegou a 2,09.

A taxa indica a reprodução da pandemia, e o resultado de 2,09 mostra que 100 pessoas infectadas podem transmitir a doença para outros 209 indivíduos. O ideal é que o índice permaneça abaixo de 1.

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