Caso Khalil

Síndico agredido em Águas Claras volta para casa e espera decisão judicial

Agredido no condomínio onde mora, em 18 de março, Wahby Khalil conta ao Correio sobre a volta ao lar e os próximos passos após o episódio

Paulo Martins*
postado em 04/04/2022 20:42
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Após retornar para casa, no Condomínio Luna Park, em Águas Claras, na última sexta-feira (1º/4), o síndico Wahby Khalil, 42 anos, falou ao Correio sobre a agressão sofrida pelo professor Henrique Paulo Sampaio Campos, 49 anos.

Khalil descreve a apreensão por parte dos moradores do Luna Park. “Eles ainda estão abalados. Alguns se mudaram, outros vivem essa situação (de medo)”, declara. O trauma é sentido também no meio familiar do síndico. "Minha mãe ainda segue nervosa. Não consegue ver as imagens ou falar sobre o assunto”, diz.

Em relação às medidas internas do condomínio, Wahby Khalil opta pela cautela em relação ao agressor, esperando por uma ação da Justiça para intervir no âmbito interno. “Terá uma assembleia por aqui no dia 12, mas não tratarei sobre esse assunto. Aguardo a esfera jurídica para tomar uma decisão, para não correr risco de confrontá-lo”, explica.

O desejo de voltar para casa, enfim, foi realizado. Khalil revela que as energias positivas por sua melhora contribuem no processo de recuperação. “Voltei para casa, voltei ao normal, às minhas atividades como síndico. Ainda sinto dores, principalmente de cabeça. Segundo os médicos, isso é normal em até 60 dias. Para mim, está tranquilo. A positividade, as mensagens e as orações até de pessoas que eu não conheço têm ajudado”, relata.

Relembre o caso

No dia 18 de março, após reclamar da posição de um saco de boxe instalado na academia do condomínio, o professor Henrique Paulo Sampaio Campos agrediu Wahby Khalil com um soco no rosto. O síndico caiu de imediato no chão, e precisou passar por procedimento odontológico e ficou internado por quatro dias.

Um abaixo-assinado foi aberto entre moradores e síndicos de Águas Claras, e já contava com mais de 140 assinaturas nas primeiras 24 horas. Até mesmo a Federação Brasília de Open Boxe, onde Henrique foi árbitro, publicou uma nota de repúdio.

 

*Estagiário sob a supervisão de Adson Boaventura

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