Julgamento

Caso Genir: Justiça determina nova data para julgamento de Marinésio

Depois de dois adiamentos, assassino confesso de Genir Pereira de Sousa deve ir ao Tribunal do Júri em 18 de julho. Marinésio é acusado de estupro, feminicídio e ocultação de cadáver

Pablo Giovanni*
postado em 20/05/2022 20:37 / atualizado em 20/05/2022 20:40
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

O assassino confesso Marinésio dos Santos Olinto deve ser julgado pelo Tribunal do Júri de Planaltina em 18 de julho, pelo assassinato da diarista Genir Pereira de Sousa. O julgamento estava previsto para segunda-feira (16/5), mas o juiz responsável pelo caso apresentou licença médica e, por isso, o julgamento do maníaco precisou ser adiado.

É a segunda vez que a sessão acerca do assassinato é adiada. Anteriormente, o Tribunal do Júri julgaria o cozinheiro em 8 de abril, mas, à época, o motivo da remarcação não foi informado. O corpo da vítima foi encontrado 10 dias depois, em uma área de mata.

Marinésio confessou ter matado a diarista, em 2 de junho de 2019, depois de ela sair de um condomínio do Paranoá. Câmeras de segurança filmaram o momento em que Marinésio para em uma parada de ônibus da área em uma Blazer cinza. Ele se passou por motorista de transporte pirata para atrair a vítima.

A denúncia contra o ex-cozinheiro foi por homicídio quintuplamente qualificado: motivo torpe, emprego de asfixia, dissimulação, feminicídio e objetivo de ocultar outro crime; além de estupro e ocultação de cadáver. 

Outros assassinatos

O criminoso foi condenado a 34 anos de prisão, no ano passado, pelo feminicídio da advogada Letícia Sousa Curado de Melo, 26 anos, em agosto de 2019. A princípio, ele havia recebido pena de 37 anos pelo crime, mas a sentença foi reduzida seis meses depois.

Letícia Curado morreu em 23 de agosto de 2019, após entrar no carro que Marinésio dirigia — ele se apresentou como motorista de transporte pirata — para ir ao trabalho. Ela saiu de casa, onde morava com o marido e com o filho de 3 anos, à época, por volta das 7h30, e não voltou mais. De acordo com as investigações, a vítima estava esperando o transporte público em uma parada de ônibus entre o Vale do Amanhecer e a DF-230.

Quando ela estava dentro do carro, ele tentou forçá-la a ter relações sexuais e, após Letícia reagir, a esganou. A advogada morreu asfixiada. Marinésio escondeu o corpo da vítima dentro de uma manilha à margem da rodovia e, antes de fugir, furtou os pertences dela.

Antes, Marinésio havia sido condenado a 10 anos de detenção em maio de 2020, pelo estupro de uma jovem, em abril de 2019. À época do crime, a vítima tinha 17 anos. Ela denunciou a agressão depois de reconhecer o estuprador durante a repercussão da morte de Letícia Curado.

Em depoimento à polícia e à Justiça, ela relatou que o acusado ofereceu carona em uma parada de ônibus no Paranoá e, após a negativa, ele a obrigou a entrar no carro sob ameaça de morte, estacionou na região de Pinheiral e a estuprou. Marinésio ainda a enforcou e a empurrou para fora do veículo, dizendo que ela era um lixo.

*Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer

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