CRIME DE TRÂNSITO

"Tinha um futuro promissor", diz tia de motociclista morto por motorista bêbado

Renan Pires de Araújo, 33 anos, atropelado no Gama na madrugada de sábado (21/5), foi sepultado no cemitério da cidade, na tarde deste domingo (22/5). Motorista, além de embriagado, estava em alta velocidade

Arthur de Souza
postado em 22/05/2022 20:10 / atualizado em 22/05/2022 20:38
 (crédito:  Carlos Vieira/CB)
(crédito: Carlos Vieira/CB)

O motociclista atropelado, arrastado e morto por um motorista bêbado na madrugada desse sábado (21/5), foi sepultado na tarde deste domingo (22/5), no Cemitério do Gama. Renan Pires de Araújo, 33 anos, foi atingido por Jessivan Leal Araújo, 30, na DF-489, no sentido Gama, próximo ao condomínio Fênix. O condutor também bateu em outro carro.

Além de embriagado, o motorista conduzia o carro, um Volvo XC60, em alta velocidade. Modelos novos do veículo têm preço inicial de R$ 390 mil. Jessivan não prestou socorro e fugiu do local do acidente. Ele foi capturado pela Polícia Militar do Distrito Federal e preso em flagrante, por homicídio culposo e embriaguez ao volante. O teste do bafômetro acusou 0,40 mg/l. Resultado acima de 0,34 mg/L é considerado crime de trânsito. Renan, operador de áudio e vídeo em uma empresa de educação, morreu na hora do impacto. Apesar da brutalidade, ele pôde ser velado com o caixão aberto.

Uma pessoa próxima à vítima, que não quis se identificar, contou ao Correio que Jessivan estava discutindo com a companheira, no Estádio Bezerrão, no Gama. Não há detalhamento sobre agressões físicas ou violência contra a mulher. Testemunhas chamaram a polícia e, quando a equipe chegou ao local, o motorista fugiu. No percurso, atropelou, arrastou e matou Renan.

  • Renan era recém-casado e planejava ter filhos Carlos Vieira/CB
  • Ele morreu após ser atropelado e arrastado na DF-489, no sentido Gama, próximo ao condomínio Fênix Carlos Vieira/CB
  • Apesar do sofrimento, os parentes de Renan, como forma de honrar a memória do jovem e tentar suavizar a tristeza, mantiveram clima de leveza durante o velório Carlos Vieira/CB
  • Joel Gonçalves de Araújo, pai de Renan. "Ato de irresponsabilidade e covarde" Carlos Vieira/CB
  • Além de embriagado, o motorista conduzia o carro, um Volvo XC60, em alta velocidade Carlos Vieira/CB
  • Modelos novos do veículo têm preço inicial de R$ 390 mil Carlos Vieira/CB
  • Jessivan não prestou socorro e fugiu do local do acidente Carlos Vieira/CB
  • Renan, operador de áudio e vídeo em uma empresa de educação, morreu na hora do impacto Carlos Vieira/CB
  • Enterro ocorreu na tarde deste domingo (22/5), no Cemitério do Gama Carlos Vieira/CB
  • Familiares e amigos se despedem de Renan, atropelado e arrastado na madrugada de sábado (21/5) Carlos Vieira/CB

Elane Pires, 45, tia da vítima, contou ao Correio que o jovem era recém-casado. "É entristecedor. Ele estava com planos de construir família e trabalhando com possibilidades de crescer no emprego. É uma pessoa com futuro promissor", lamenta. A familiar relatou que Renan tinha boa conduta. "Ele estava sempre caminhando corretamente. É frustrante e doído que a morte tenha vindo dessa forma inesperada e com bastante violência", desabafa Elane. "Providências têm de ser tomadas", cobra.

Apesar do sofrimento, os parentes de Renan, como forma de honrar a memória do jovem e tentar suavizar a tristeza, mantiveram clima de leveza durante o velório. "É sofrido, porque perdi um filho. Os cometários mostram o quanto ele é querido. Ele não quer (que a família sofra), eu sei porque carreguei ele nos braços e foi isso que ele aprendeu comigo, a ser alegre", emociona-se Joel Gonçalves de Araújo, 72, pai de Renan. "Ato de irresponsabilidade e covarde", caracteriza a atitude do condutor.

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