Santa Maria

Presidente de clube relata desespero durante assassinatos em ginásio

Nessa quarta-feira (13/7), dois homens foram executados a tiros durante uma partida de futsal no ginásio de Santa Maria. Uma das vítimas jogava em um clube da Cidade Ocidental (GO). Ao Correio, o dirigente do time contou que estava no local e detalhou os momentos de terror durante o tiroteio

Darcianne Diogo
postado em 14/07/2022 19:54 / atualizado em 14/07/2022 20:07
Dois jovens são executados a tiros em ginásio de esporte de Santa Maria -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Dois jovens são executados a tiros em ginásio de esporte de Santa Maria - (crédito: Material cedido ao Correio)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) segue com as investigações sobre o duplo homicídio ocorrido na noite dessa quarta-feira (13/7), durante uma partida de futsal entre times amadores do Entorno do DF no Ginásio Central de Santa Maria. Uma das vítimas é Cleiton da Cruz Araújo, 33 anos, executado a tiros na área externa do ginásio. Ele era um dos 25 atletas que compunham o clube de futebol Athalantas, da Cidade Ocidental (GO). Ao Correio, o dirigente do time, que preferiu não revelar o nome, contou que estava no local e detalhou e os momentos de terror.

Existente há mais de 30 anos, o Athalantas é um clube conhecido no Entorno do DF. Na noite de quarta-feira, os jogadores enfrentaram mais um adversário e ganharam de lavada: 9x3. Um dos responsáveis por garantir a vitória do grupo foi Cleiton, que integrava o clube há pouco mais de um mês. Em meio às comemorações, o rapaz saiu do ginásio para ir ao carro, que estava estacionado em frente ao complexo esportivo. “O jogo tinha acabado e começaria outro logo em seguida com times diferentes. Passou um tempo e eu escutei um barulho forte. Por um instante, pensei que eram fogos de artifício de comemoração”, relatou o presidente do time.

Dois jovens são executados a tiros em ginásio de esporte de Santa Maria
Dois jovens são executados a tiros em ginásio de esporte de Santa Maria (foto: Material cedido ao Correio)

Após o primeiro explosivo, o dirigente relata que começou a ouvir novos barulhos. “Foram mais de 30 tiros”, diz. Ele descreve o cenário como um desespero. “Corremos para os fundos do ginásio para se esconder. Muita gente pulou o portão para sair correndo e até então não sabíamos que uma das vítimas era o Cleiton”, acrescentou.

Apesar de Cleiton ter entrado no clube há pouco tempo, o dirigente descreve o rapaz como esforçado e dedicado. “Posso falar dele dentro de campo. Não tínhamos afinidade, mas ele dava o sangue. Não faltava jogo. É uma tristeza para todos nós”, lamentou.

Entenda detalhes do crime

Segundo informações da Polícia Militar (PMDF), três homens encapuzados chegaram em dois carros e efetuaram diversos tiros contra Cleiton. A outra vítima é Lucas Menezes Carvalho Torres, que foi encontrado morto ao lado de um carro vermelho, também na área externa.

A barbárie também afetou a jovem Isabella Raíssa dos Santos. Ela levou um tiro no tórax e foi encaminhada às pressas ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM). Nesta quinta-feira (14/7), o Correio esteve no hospital e entrevistou a mãe da estudante, Jacqueline Celestino. Segundo a empresária, a filha está estável e se recupera bem. “Hoje, ela caminhou pelo quarto”, disse.

Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso. As investigações sobre a motivação e identificação dos autores seguem a cargo da 33ª Delegacia de Polícia.

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