Investigação

PM que baleou e matou adolescente em Samambaia é indiciado por homicídio

Gustavo Henrique Soares estava na garupa de uma moto quando levou um tiro no peito. O caso ocorreu em 28 de janeiro

Darcianne Diogo
postado em 25/07/2022 17:08 / atualizado em 25/07/2022 17:09
Gustavo foi baleado e morreu no local -  (crédito: Reprodução)
Gustavo foi baleado e morreu no local - (crédito: Reprodução)

O policial militar do Distrito Federal que baleou e matou um adolescente, 17 anos, durante uma abordagem em Samambaia, foi indiciado por homicídio pela Polícia Civil (PCDF). Gustavo Henrique Soares estava na garupa de uma moto, quando levou um tiro no peito. O caso ocorreu em 28 de janeiro e resultou em inúmeras manifestações a favor do adolescente.

As investigações conduzidas pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) contaram com o depoimento de 16 pessoas, entre envolvidos e testemunhas, bem como a produção de laudos periciais e coleta de prova de caráter técnico-cibernético. Diante dos fatos, a tese de legítima defesa apresentada pelo PM em depoimento foi descartada. O inquérito policial será concluído e encaminhado ao Poder Judiciário.

Na delegacia, o policial contou que o condutor da moto, também identificado como Gustavo, tentou furar uma blitz em uma via que liga Samambaia e Ceilândia e acelerado a moto para cima da equipe. Ainda de acordo com o servidor, o adolescente que estava na garupa teria tentado sacar um simulacro de arma de fogo da cintura, momento em que foi atingido com um tiro.

Dinâmica


As apurações policiais revelaram que o motorista da moto era inabilitado e, ao ver a blitz, tentou furar o ponto de bloqueio no momento em que os policiais mandaram os dois pararem. No entanto, em vez de perseguir a motocicleta, um dos PMs atirou contra o peito do adolescente, que morreu na hora.

Os PMs apresentaram à época um simulacro de arma de fogo que pertenceria aos jovens, mas análise papiloscópica não identificou qualquer impressão digital dos garotos. Em nota oficial, a PMDF informou que aguarda a finalização do inquérito policial, bem como o recebimento ou não da denúncia por parte do Ministério Público.

 

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