Crime

Chacina: Justiça mantém presos acusados de matar 10 pessoas da mesma família

Todos os cinco réus e acusados de matar 10 pessoas da mesma família irão continuar presos na Papuda. O processo está nas últimas diligências antes do julgamento final

Acusados irão permanecer presos na Papuda. O processo entrou nas últimas diligências antes do julgamento -  (crédito: Reprodução)
Acusados irão permanecer presos na Papuda. O processo entrou nas últimas diligências antes do julgamento - (crédito: Reprodução)
postado em 09/01/2024 21:09

A Justiça do Distrito Federal decidiu manter presos os envolvidos de cometer a maior chacina da história do Distrito Federal, que vitimou 10 pessoas da mesma família entre dezembro de 2022 e janeiro do ano passado.

Com a decisão do juiz Taciano Vogado, proferida nesta terça-feira (9/1), os réus Gideon Batista de Menezes, 55 anos; Horácio Carlos, 49; Carlomam dos Santos, 27; Fabrício Canhedo, 34; e Carlos Henrique Alves, 28, irão permanecer presos no Complexo Penitenciário da Papuda. No processo, restam algumas diligências requisitadas pela defesa dos acusados antes do julgamento, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano.

Denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os cinco acusados vão responder por quase 100 crimes, segundo a denúncia apresentada pelo promotores que cuidam do caso. Entre eles, extorsão, homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual e sequestro. Eles podem pegar até 385 anos de prisão por todos os crimes cometidos.

Em setembro, os réus, com exceção de Fabrício Canhedo, prestaram depoimento no Fórum de Planaltina. No entanto, todos optaram por ficar em silêncio. O juiz do caso ouviu outros depoentes, como policiais, familiares das vítimas e pessoas que tinha alguma relação com os acusados, como a ex-namorada de Gideon — apontado como o mentor do massacre que vitimou os integrantes da família da cabeleireira Elizamar da Silva, 37.

Maior chacina da história

A maior chacina da história do DF começou com o desaparecimento da cabeleireira Elizamar e dos três filhos dela, Gabriel, 7, e os gêmeos, Rafael e Rafaela, 6. A mulher saiu do salão onde trabalhava, na 307 Norte, na noite de 12 de janeiro, após ser atraída para uma emboscada na casa onde moravam os sogros, Marcos Antônio Lopes, 54, e Renata Belchior, 52, — os dois também assassinados.

Segundo revelaram as investigações, a motivação se deu por causa da chácara onde Marcos morava, avaliada em R$ 2 milhões. Também foram mortos o marido de Elizamar, Thiago Silva, 30; a ex-mulher e as filhas de Marcos, Cláudia Regina, 55, Ana Beatriz, 19, e Gabriela Belchior, 25. Veja abaixo quais crimes os réus respondem.

Gideon Batista de Menezes: é apontado como o mentor dos assassinatos. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi em decorrência da chácara onde moravam Marcos Antônio Lopes, 54, a mulher dele, Renata Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior. Gideon foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos Ferreira Barbosa: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos Nogueira: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e ameaça com uso de arma.

Carlos Henrique Alves da Silva: responderá por homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime) e sequestro e cárcere privado.

Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Tags

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->