Saúde

HCamp reforça que atendimento no local é para casos de dengue ou suspeita

Até a noite desta quarta-feira (7/2), foram realizados mais de 3 mil procedimentos na unidade de saúde da Aeronáutica

 07/02/2024 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF - Dengue - Hospital de Campanha da aeronáutica em Ceilândia. -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
07/02/2024 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF - Dengue - Hospital de Campanha da aeronáutica em Ceilândia. - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
postado em 08/02/2024 13:11

O Hospital de Campanha (HCamp) da Aeronáutica, montado ao lado da Unidade de Pronto-Atendimento I, de Ceilândia, já realizou mais de 3 mil procedimentos e 19 transferências desde segunda-feira (5/2), quando iniciou os atendimentos. Durante coletiva de imprensa no local, na manhã desta quinta-feira (8/2), foi reforçado que a unidade é para atendimento exclusivo de pacientes com dengue ou com sintomas da doença. Além disso, a maioria dos pacientes atendidos é de casos leves, segundo a Major Juliana Vandesteen, da Força Aérea.

Sobre os atendimentos no local, a Major Juliana Vandesteen ressaltou que a finalidade do hospital é atender exclusivamente aos casos de dengue. “É importante que isso fique bem claro. O que tem acontecido é que tem chegado pacientes que não têm suspeita de dengue. Isso sobrecarrega o atendimento. Então, eu peço até que esses pacientes com outros sintomas procurem os postos de saúde”, diz.

De acordo com dados divulgados pela Aeronáutica, até a noite desta quarta-feira (7/2), o HCamp realizou 3.561 procedimentos entre clínica médica, pediatria, emergência, transferências e triagem. O número dá uma média alta de procedimentos por dia. “Nós atendemos à demanda e esperávamos nessa situação uma média de 600. Superamos realmente e ficamos muito surpresos com a alta procura nessa localidade que não é só paciente de Ceilândia. Tem vindo muito paciente de fora daqui para procurar o HCamp”, disse a major.

Questionada sobre a ampliação do atendimento, a militar afirmou que o HCamp está se adequando ao atendimento de acordo com a necessidade e de acordo com a demanda. “Essa questão de ampliação não nos compete agora definir”, pontuou.

A major destacou ainda que a maioria dos atendimentos realizados é de casos brandos de dengue. Em alguns casos, os pacientes precisam de uma hidratação, pois às vezes vomitam muito e não conseguem se hidratar por via oral, então fazemos uma etapa rápida e já ficam bem melhor. É impressionante como melhoram, às vezes, com um frasquinho de soro e vão embora de alta com orientação médica”, contou.

Vale ressaltar que os principais sintomas da dengue são: mal-estar, fadiga, febre alta (acima de 38ºC), dor no corpo, dor atrás dos olhos, dor de cabeça e dor nas articulações. Outros sintomas que podem aparecer são vômito, náusea, diarreia e manchas no corpo. Há ainda casos assintomáticos ou com a presença de apenas um destes sinais. Os primeiros sintomas de dengue aparecem entre quatro e dez dias após a picada do mosquito infectado, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF).

Atendimento

A major Juliana Vandesteen explicou que o HCAmp é composto por sete módulos, dentre eles: um módulo de emergência, que não é para atender emergência externa e é para estabilizar algum paciente que possa evoluir mal; dois módulos de ambulatório; um módulo grande de hidratação para os pacientes que necessitam ficar por até 24 horas; e um módulo de laboratório. “Estamos em 29 militares, todos trabalhando de forma abnegada por 24h, fazendo acolhimento, atendimento e orientação dos pacientes”, disse.

No local, é feita a triagem do paciente. “Sendo um caso leve, ele vai ser orientado e vai se tratar em casa. Casos do grupo B e C, a gente acolhe, atende e hidrata. Se for necessário a transferência, vamos transferir. Se ficar tudo bem e ele melhorar com a hidratação, vamos orientar e ele vai embora para casa”, detalhou a major.

Ainda segundo a militar da Aeronáutica, não é preciso a confirmação do diagnóstico de dengue por exame laboratorial para tratar a doença. “Isso não impacta no tratamento, que vai ser o mesmo. O mais importante é fazer um hemograma, por exemplo, onde vou ver o número de plaquetas”, ressaltou.

A major destacou ainda que o trabalho é uma parceria entre a Aeronáutica e o Governo do DF. “Nós recebemos os insumos do GDF. Nós viemos com a estrutura e com o pessoal para realizar o trabalho”, comentou. “Não nos tem faltado insumos”, pontuou.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação