CB Folia

Covid-19: aglomeração no carnaval e aumento de casos acende alerta

Aumento de 55% dos casos na última semana chama atenção para que os cuidados sejam redobrados nas festividades

Aglomeração é o maior fator de proliferação do vírus -  (crédito:  BLOCO PORTADORES DA ALEGRIA)
Aglomeração é o maior fator de proliferação do vírus - (crédito: BLOCO PORTADORES DA ALEGRIA)

Mesmo com a flexibilização das medidas de enfrentamento da covid-19, épocas que geram grandes aglomerações, como o carnaval, podem acender um sinal de alerta para a doença. De acordo, com o último boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Saúde (Ses-DF), em 5 de fevereiro, a semana epidemiológica atual apresenta 828 casos novos em relação à semana anterior, o que corresponde a um aumento de 55,2%.

Com as festividades carnavalescas e os brasilienses na rua, o número pode vir a expandir mais, uma vez que um dos fatores principais da transmissão da doença é a aglomeração. A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec) estima que 1,7 milhão de pessoas estejam nas ruas da capital pelos 56 blocos, e esse números pode ser preocupante se comparado ao boletim da saúde, que mostra que a taxa de transmissão chegou a 1,19 — o que indica que um grupo de 100 pacientes contaminados é capaz de transmitir a doença para outros 119.

Prevenção

O infectologista Henrique Lacerda do Hospital Brasília, da rede Dasa no DF alerta que, no contexto dos blocos de rua, é aconselhável que os participantes estejam preparados para contribuir ativamente com a prevenção da covid-19. "É recomendável evitar o compartilhamento de bebidas no mesmo copo. Lembrar de carregar itens essenciais, como álcool em gel para a desinfecção das mãos", recomendou. "Parte das pessoas pode transmitir o vírus sem apresentar sintomas da doença. Após o período festivo, é prudente que as autoridades de saúde estejam vigilantes. Dessa forma, medidas proativas de monitoramento são necessárias para conter a propagação do vírus e mitigar os efeitos adversos sobre o sistema de saúde e a população em geral", alertou o especialista.

Para os indivíduos pertencentes aos grupos de risco, como idosos, transplantados ou pessoas que usam medicamentos para doenças autoimunes, o especialista indica que ponderem cuidadosamente sobre os potenciais riscos associados à participação em eventos públicos. "É essencial que essas pessoas consultem previamente seus profissionais de saúde para orientações personalizadas e sigam rigorosamente as medidas de proteção recomendadas, como uso de máscaras, por exemplo", acrescentou o infectologista.

Por fim, o médico reafirma os cuidados básicos como: pessoas com sintomas gripais como febre, dores de garganta e no corpo devem realizar o teste laboratorial porque, se confirmado o diagnóstico de covid-19, o paciente deve permanecer em isolamento social para não espalhar o vírus para outras pessoas. "A conscientização da população sobre a importância dessas medidas é fundamental para a contenção da propagação do vírus durante as festividades carnavalescas", finalizou.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 09/02/2024 05:00
x