SAÚDE

Em meio à dengue, taxa de ocupação de leitos de UTI do DF ultrapassa 97%

Na quinta-feira (22/2), o governador Ibaneis Rocha afirmou que "tanto os hospitais da rede pública quanto os da rede privada entraram em colapso"

Os dados abrangem os atendimentos médicos gerais, mas a epidemia de dengue tem contribuído para a sobrecarga da rede de saúde -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Os dados abrangem os atendimentos médicos gerais, mas a epidemia de dengue tem contribuído para a sobrecarga da rede de saúde - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
postado em 23/02/2024 15:09

A taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) do DF ultrapassaram os 97%, de acordo com dados da Secretaria de Saúde desta sexta-feira (23/2). Já nos leitos públicos de enfermaria, o índice supera 76%. Os dados abrangem os atendimentos médicos gerais, mas a epidemia de dengue tem contribuído para a sobrecarga da rede de saúde. Nesta quinta-feira (22/2), o governador Ibaneis Rocha afirmou que "tanto os hospitais da rede pública quanto os da rede privada entraram em colapso" devido à doença.

Ao Correio, a superintendente do Sindicato Brasiliense de Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas, Danielle Feitosa, explicou que a rede de hospitais particulares no DF tem se mobilizado para oferecer o melhor atendimento possível para a população neste momento, mas os desafios são grandes. "O número de atendimento tem aumentado significativamente com pacientes com sintomas de dengue, Covid-19 e virose, e com isso a espera tem sido longa em todos os pronto-atendimentos dos hospitais privados", diz.

Ainda segundo o Sindicato, os dados de ocupação de leitos são dinâmicos e se alteram diversas vezes ao dia. A entidade também pontua que embora o número de internações tenha aumentado, os hospitais estão dando conta de atender todos os pacientes. Cabe destacar que em meio à epidemia de dengue, a Secretária de Saúde lançou edital de um novo processo seletivo destinado a contratação temporária de médicos, na carreira de médico generalista, a fim de complementar a força de trabalho. 

Os dados da Secretaria de Saúde sobre a ocupação de leitos abrangem os públicos e os contratados pela pasta, ou seja, que estão à disposição do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, os hospitais particulares que têm leitos públicos não tem nenhum vago. 

Em nota, a Rede Dasa afirmou que está tomando todas as medidas para atender as demandas, com a ampliação de leitos de internação, de poltronas fixas para medicação e de profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros. "Diante da situação de emergência na qual o DF se encontra com os casos de dengue, pedimos que a população siga as orientações em relação às medidas de prevenção para evitar que o cenário se agrave ainda mais. O uso de repelentes adequados e a atenção para evitar o acúmulo de água parada são atitudes fundamentais nesse momento", diz.

O Hospital Sírio Libanês informou que atualmente atende oito pacientes internados por dengue, sendo que dois estão na UTI e seis em leitos de internação. "O fluxo de pacientes que procuram o Pronto Atendimento é maior que o usual, o que provoca uma espera maior por atendimento. Em média, 80 pessoas procuram o Pronto Atendimento querendo fazer exames e passar por avaliação médica por estar com sintomas de dengue. A taxa de confirmação fica em torno de 20%, mas raramente é caso de internação", pontuou o hospital.

Já entre os hospitais públicos, os que possuem vagas de UTI são o Hospital de Base (3), o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (1), o Hospital Regional de Ceilândia (1), o Hospital Regional do Gama (1), o Hospital Regional de Samambaia (2) e o Hospital Regional de Santa Maria (1).

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