Audiência

PM aposentado que matou soldado tem prisão convertida em preventiva

Jefferson José da Silva é acusado de matar Diego Purcina, durante briga de bar no Novo Gama. Advogados argumentaram legítima defesa, mas a prisão preventiva foi justificada pelo fato de que Jefferson José teria ameaçado testemunhas

A defesa de Jefferson José alegou que o policial teria agido em legítima defesa -  (crédito: Material cedido ao Correio)
A defesa de Jefferson José alegou que o policial teria agido em legítima defesa - (crédito: Material cedido ao Correio)
postado em 03/03/2024 19:20

O policial militar do Distrito Federal (PMDF) da reserva Jefferson José da Silva, acusado de matar o soldado do Comando de Operações das Divisas (COD) da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Diego Purcina, teve a sua prisão convertida em preventiva neste domingo (3/3).

A audiência de custódia ocorreu durante a manhã. A defesa de Jefferson José alegou que o policial teria agido em legítima defesa. “A perda de uma vida é sempre algo muito trágico, no entanto, o autuado, após observar que seu amigo era agredido, se deslocou ao local da confusão para separar a briga”, disse a advogada Kelly Moreira. “Neste momento, foi jogado ao chão, brutalmente agredido por mais de uma pessoa, inclusive pela vítima, e para salvar sua vida, precisou tirar sua arma da cintura e efetuar um disparo”, acrescentou.

A advogada ressaltou que o militar aposentado ainda dispunha de considerada quantidade de munições na arma. “Contudo, ele não fez uso das mesmas. Fica evidente que, caso ele quisesse atirar de imediato na vítima ou em qualquer outro que estivesse no local, teria ido (até a confusão) com a arma em punho, o que não aconteceu”, argumentou Kelly.

Na decisão, a qual o Correio teve acesso, o juiz Neto Azevedo afirmou que a prisão preventiva foi justificada pelo fato de que Jefferson José teria ameaçado testemunhas. “A liberdade provisória do autuado coloca em risco não apenas a instrução processual, como testemunhas do fato, inclusive, segundo consta, agredida pelo suposto autor do fato, o que justifica a decretação da sua prisão preventiva”, reforçou o magistrado.

Morte

Segundo as investigações, na noite desse sábado (2/3), Purcina estava em um bar acompanhado de amigos e familiares, quando tentou intervir nas agressões de um homem contra uma mulher no estabelecimento, no Novo Gama (GO), no Entorno de Goiás.

O PM Jefferson, que é amigo do agressor, não gostou da atitude e partiu para cima do soldado, chegando a efetuar um disparo de arma de fogo contra o militar de Goiás. O PM do DF foi preso em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil. O caso é investigado pela Polícia Civil do Estado de Goiás. Diego Purcina deixa a mulher e um filho.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação