Aniversário de Ceilândia

X, do Câmbio Negro: 'Ceilândia é o grande berço de arte, cultura e esporte do DF'

Em conversa com o Aqui, o rapper X destaca que a região é o "grande berço de arte, cultura e esporte" do Distrito Federal

O rapper X, do grupo Câmbio Negro, nasceu em 1968 e começou a frequentar os salões de black music a partir de 1981, quando tinha 13 anos. Ele se empenha, ao longo dos mais de 40 anos de carreira, na abordagem de questões como racismo e violência policial, contribuindo para a conscientização e a busca por soluções para esses problemas.

Em 1990, ele fundou o grupo Câmbio Negro e, quatro anos mais tarde, o transformou em banda. "Foi algo que se tornou um marco no movimento, por misturar soul, funk e rock com o rap nos shows", recorda.

"Moro em Ceilândia desde o início da região. Minha ligação é de uma pessoa que sempre amou e lutou por essa cidade. No começo, éramos uma grande favela, sem esgoto, água potável e opções de lazer e cultura, só que organizada e com terrenos demarcados", lembra X. "A cidade cresceu e melhorou muito, em vários aspectos. Mas ainda somos carentes de cultura, educação, segurança e muitos outros setores", lamenta.

Grafite

Mesmo assim, o rapper afirma que Ceilândia é um "grande berço de arte, cultura e esporte". "Temos vários artistas de calibre que são Ceilândia. No rock, temos o pessoal dos Maltrapilhos. No rap, temos o Viela 17. No samba, temos o Marcelo Café. Temos dezenas de grafiteiros e grafiteiras de renome. No esporte, atletas de Ceilândia despontam no cenário nacional e mundial", avalia.

Na opinião do rapper, mesmo tendo as oportunidades negadas ao longo dos anos, "Ceilândia cresce e vive". "Se Brasília é a capital do Brasil, Ceilândia é a capital do Distrito Federal", considera o fundador da banda Câmbio Negro.

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