Tragédia

Criança morre atropelada em Ceilândia depois de soltar a mão do pai

Fernando José Bonfim ainda foi atrás da criança para tentar salvá-la, mas os dois acabaram atingidos por um carro que trafegava pela via. Ele foi transportado de helicóptero para o Hospital de Base de Brasília, consciente, porém com lesões no tórax

Natanael Pereira Bonfim, 5, soltou a mão do pai, Fernando José Bonfim, e correu em direção à pista de rolamento. -  (crédito: CBMDF)
Natanael Pereira Bonfim, 5, soltou a mão do pai, Fernando José Bonfim, e correu em direção à pista de rolamento. - (crédito: CBMDF)

No fim da manhã de hoje (21), uma criança morreu atropelada na via M3, sentido Setor O, na altura da quadra QNM 24, em Ceilândia Norte. Segundo relatos, o menino de 5 anos, Natanael Pereira Bonfim, soltou a mão do pai, Fernando José Bonfim, e correu em direção à pista de rolamento. O pai ainda foi atrás da criança para tentar salvá-la, mas os dois acabaram atingidos por um carro que trafegava pelo local.

 O Corpo Militar de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) confirmou o falecimento da criança no local do acidente. O pai do garoto, que ficou em estado grave, foi transportado de helicóptero para o Hospital de Base de Brasília, consciente, porém com lesões no tórax.

Segundo dados cedidos pela unidade de saúde, ao chegar, o paciente foi atendido na sala vermelha de trauma pela equipe médica. O quadro de saúde dele é estável. 

Em entrevista ao Correio, Peter Ranquetat, delegado da 15ª DP da Polícia Civil, responsável pelo caso, contou que, a princípio, foi uma fatalidade e o homem que dirigia não teve culpa. "Logo após o ocorrido, o rapaz desceu do carro e prestou todo apoio e não se evadiu do local, além de se dirigir à delegacia por conta própria. Quando questionado se havia ingerido bebida alcoólica, afirmou que não, o que foi confirmado pelo teste do bafômetro." Segundo Ranquetat, a investigação continuará com a averiguação de imagens de câmeras.

Acompanhado de seus familiares, o motorista envolvido no acidente foi até a 15ª DP. Ele preferiu não ser identificado e afirmou estar aguardando o andamento da investigação. "É o que estão divulgando mesmo. Estou muito triste com o que aconteceu, era uma criança. Não tem nem o que dizer", afirmou ele ao deixar a delegacia, por volta das 16h.

 

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postado em 21/04/2024 16:25 / atualizado em 21/04/2024 17:04
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