Equipes da 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte) prenderam em flagrante três suspeitos de serem responsáveis por um esquema de venda ilegal de medicamento controlado por baixo do balcão, especialmente, o Zolpidem. Os policiais interceptaram uma carga de 450 comprimidos do remédio que no momento estava sendo levada por um motoboy de uma drogaria do Cruzeiro para um consumidor no Lago-Norte. Em seguida, eles retornaram à farmácia e prenderam o proprietário, o farmacêutico responsável técnico e o balconista.
Os policiais iniciaram as investigações após a mãe de uma viciada moradora do Lago Norte registrar um boletim de ocorrência, afirmando que sua filha precisou ser internada em São Paulo para tratar o vício em Zolpidem. No quarto dela foram encontradas cerca de 180 caixas do medicamento controlado.
Após obter essas informações, os policiais começaram a investigar a farmácia do Cruzeiro responsável por comercializar o remédio sem receita. Quando as equipes retornaram à Farmácia, encontraram dezenas de caixas de medicações controladas expostas para serem vendidas, entre elas, Zolpidem, ritalina, canabidiol, alprazolam, e sibutramina. A farmácia era conhecida por vender as drogas sem retenção da receita médica obrigatória.
Segundo informações da 9ª DP, os criminosos foram indiciados por tráfico de drogas que é considerado hediondo e poderão cumprir pena de 5 a 15 anos de prisão pelos crimes. “Depois da operação, recebemos informações sobre diversas outras farmácias que estariam fazendo o mesmo. Iremos mapeá-las e prender todos que busquem o lucro pelo incentivo ao vício alheio. Venda de medicação controlada sem a retenção de receita obrigatória equivale ao tráfico de drogas, sendo uma conduta gravíssima”, declara o delegado Erick Sallum.
O zolpidem é um medicamento utilizado para o tratamento a curto prazo de insônia e possui alta capacidade viciante. O remédio também pode causar apagões de memórias, induzindo os usuários a fazerem coisas que depois não se lembram. Esse efeito hipnótico é usado também pelos criminosos para dar o chamado “golpe do boa-noite cinderela”.
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