Crime

Golpistas usam IA para vender vouchers na internet com imagem de Marcos Mion

De acordo com a polícia, grupo utilizava uma estrutura sofisticada para cometer os golpes. Os suspeitos pagavam anúncios patrocinados nas redes sociais para ampliar o número de possíveis vítimas

Um dos investigados confessou os crimes. Grupo pagava anúncios nas redes sociais para ampliar o alcance do golpe -  (crédito: Reprodução)
Um dos investigados confessou os crimes. Grupo pagava anúncios nas redes sociais para ampliar o alcance do golpe - (crédito: Reprodução)

Policiais civis da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) prenderam, na manhã desta quinta-feira (16/1), três integrantes de uma quadrilha especializada em fraudes na internet. O grupo utilizava deepfake para manipular a voz e a imagem do apresentador da TV Globo Marcos Mion, aplicando golpes que enganaram diversas vítimas no Distrito Federal.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os criminosos produziam vídeos falsificados com a voz e a imagem do apresentador para divulgar promoções inexistentes de uma rede de restaurantes. As vítimas eram levadas a sites fraudulentos, onde efetuavam pagamentos por supostos vouchers de desconto que nunca eram entregues.

As investigações revelaram que o grupo operava com uma estrutura sofisticada, utilizando uma empresa de tecnologia como fachada para as atividades ilícitas. Os suspeitos utilizavam técnicas avançadas de marketing digital e engenharia social para ampliar o alcance das fraudes. Entre as estratégias, destacavam-se o uso de anúncios patrocinados no Instagram e sistemas automatizados para processar os pagamentos dos golpes.

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A operação da DRCC, inicialmente, era para cumprir dois mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. No entanto, durante uma das buscas, os policiais identificaram evidências de fraude em flagrante na residência de um suspeito, que acabou preso. Na ação, foram apreendidos dois veículos importados, documentos, dispositivos eletrônicos e outros materiais utilizados no esquema criminoso.

Um dos investigados confessou os crimes. Os envolvidos responderão por fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem ser até 21 anos de reclusão. As investigações continuam para identificar outros possíveis integrantes da quadrilha.

Pablo Giovanni
Darcianne Diogo
postado em 16/01/2025 20:45 / atualizado em 16/01/2025 21:26
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