
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmaram um convênio de cooperação técnico-científica para desenvolver o projeto Colab-PIS: Laboratório de Colaboração em Ciência, Tecnologia e Inovação em Práticas Integrativas em Saúde no SUS do DF. O objetivo é expandir e qualificar as Práticas Integrativas em Saúde (PIS), promovendo a prevenção de distúrbios e a saúde dos pacientes.
O projeto Colab-PIS é estruturado em três eixos: pesquisa, formação e desenvolvimento institucional. Com um investimento de R$ 21,6 milhões – o maior orçamento já destinado à Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde (PDPIS) –, o programa será executado ao longo de quatro anos.
Atualmente, a SES-DF oferece 17 práticas integrativas, como acupuntura, auriculoterapia, automassagem, fitoterapia, homeopatia, yoga, reiki, meditação e outras. Essas práticas são parte essencial da atenção primária à saúde (APS), promovendo acolhimento, vínculos terapêuticos e uma conexão entre os indivíduos, o meio ambiente e a sociedade.
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O médico Marcos Trajano, responsável pela Gerência de Práticas Integrativas em Saúde (Gerpis) da SES-DF, explica que o projeto visa inovar e gerenciar de forma eficiente os recursos públicos destinados às PIS. “O Colab-PIS busca fortalecer e atualizar a oferta dessas práticas com base em evidências científicas, atendendo às necessidades das comunidades locais e desenvolvendo soluções adaptadas a cada território”, destaca.
A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, reforça que o projeto valoriza saberes tradicionais e práticas comunitárias, alinhando-as às demandas do DF. “Por meio dos eixos de pesquisa, formação e desenvolvimento institucional, o Colab-PIS contribuirá para construir respostas que promovam saúde e atendam às necessidades da população”, afirma.
Pesquisa
O eixo de pesquisa foca na sistematização do conhecimento sobre as práticas integrativas no DF. Entre as iniciativas, estão a criação de um acervo digital público com o histórico das PIS oferecidas pela SES-DF nos últimos 40 anos e a realização de um censo para mapear profissionais de saúde e usuários do SUS.
No campo da formação, o projeto prevê a estruturação de cursos de capacitação em práticas integrativas e biossegurança, além de pós-graduações em fitoterapia, incluindo um mestrado sobre o tema. As capacitações terão como público-alvo profissionais da rede pública, com o apoio de instituições como a Unicamp, a UnB e o HUB-DF.
O eixo de desenvolvimento institucional trará o Portal Colab-PIS, uma plataforma digital voltada para a gestão do conhecimento e a divulgação científica. O portal será um ambiente colaborativo, facilitando o compartilhamento de informações, artigos acadêmicos e indicadores. Guilherme Gomes, da Coordenação de Atenção Primária à Saúde (Coaps), destaca que o portal será o primeiro repositório institucional no âmbito da SES-DF.
Além disso, o eixo incluirá ferramentas de telessaúde, permitindo que cidadãos acessem remotamente terapias como meditação, yoga e automassagem. A iniciativa conta com o apoio da Universidade Aberta do SUS (UnaSUS) e visa garantir a continuidade de projetos importantes, como a Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB).
Com esse convênio, a SES-DF e a Fiocruz buscam consolidar as práticas integrativas como parte fundamental da saúde pública no Distrito Federal, promovendo inovação e eficiência no cuidado com a população.
*Com informações da Agência Brasília