
O Distrito Federal apresentou melhora significativa nos indicadores de comércio exterior no segundo trimestre de 2024, com aumento expressivo nas exportações e importações em relação ao trimestre anterior. Um dos principais impulsos veio da retomada da demanda internacional por soja, que registrou um crescimento superior a 300% em valor e volume.
O Boletim do Comércio Exterior do Distrito Federal, em sua segunda edição, revela nichos promissores para o mercado da região. O DF tem se consolidado em setores como vestuário e panificação. No segmento de panificação, o destaque ficou com a produção de massas para pão, que representou 30,6% das exportações brasileiras do setor, posicionando o DF como o segundo maior exportador, atrás apenas de Minas Gerais.
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De acordo com Francisca Lucena, diretora de Estatística e Pesquisa Socioeconômica do IPEDF, a capital tem diversificado cada vez mais seus produtos para exportação. “Somente no segundo trimestre de 2024, quase 200 itens diferentes foram comercializados, ampliando as possibilidades econômicas da região”, ressaltou. Entre os novos mercados explorados, o milho para semeadura chamou atenção, somando-se às já consolidadas exportações de soja e carnes de aves, que responderam por mais de 80% do valor total exportado no período.
O desempenho positivo também foi influenciado pela desvalorização do real frente ao dólar, bem como pela variação dos preços internacionais de commodities. Outro fator relevante foi a sazonalidade, que impacta tanto a oferta quanto a demanda de determinados produtos no mercado global.
Importações
Nas importações, o Distrito Federal observou aumento significativo, impulsionado principalmente por compras públicas de medicamentos e vacinas, essenciais para atender as demandas locais de saúde.
Para Manoel Clementino, diretor-presidente do IPEDF, o boletim tem sido fundamental para mapear as dinâmicas do comércio exterior na região. “As análises apresentadas ajudam a compreender melhor a economia local e fornecem dados relevantes para orientar políticas públicas e decisões do setor privado”, afirmou.
Com informações da Agência Brasília