Investigação

Prestes a completar 10 meses, assassinato de jogador permanece um mistério

Thavisson Mendes sumiu em 8 de abril do ano passado no Pedregal (GO). O corpo foi localizado dois meses depois, em um córrego próximo a Valparaíso. Polícia segue investigando

A cabeça de Thavisson foi encontrada próximo ao Novo Gama, a quilômetros de onde estava o corpo, perto de Valparaíso -  (crédito: Redes sociais)
A cabeça de Thavisson foi encontrada próximo ao Novo Gama, a quilômetros de onde estava o corpo, perto de Valparaíso - (crédito: Redes sociais)

Prestes a completar 10 meses, o desaparecimento e a morte do jogador de futebol Thavisson Mendes da Silva, 27 anos, são um fantasma para a família e uma incógnita para a polícia, que mantém as diligências em andamento e aguarda os resultados de análises de dados telefônicos e laudos. Thavisson sumiu em 8 de abril do ano passado no Pedregal (GO). O corpo foi localizado dois meses depois, em um córrego próximo a Valparaíso.

Ana Maria da Silva, uma das irmãs de Thavisson, conversou com o Correio e pediu celeridade nas investigações. “É muito estranho que não se tenha nada. Uma região com tantas câmeras de segurança, não foi possível pegá-lo em nada? Tudo o que queremos é uma resposta. Sabemos que se fosse outra pessoa, já teriam elucidado”, desabafa.

Antes de desaparecer, Thavisson participava de uma comemoração do time em que jogava, em uma distribuidora de bebidas, na Vila União. A carteira do jogador foi encontrada um dia depois do sumiço, em uma chácara privada. A moto em que ele estava nunca foi localizada.

Em abril, a família recebeu a notícia da localização do corpo de Thavisson. Segundo informações repassadas por familiares, a cabeça de Thavisson estava em outro local, próximo ao Novo Gama. O corpo, no entanto, estava em um córrego perto de Valparaíso.

Investigações

O delegado Taylor Brito, responsável pelo caso, falou sobre a complexidade do caso. De acordo com o investigador, policiais fizeram diligências tanto no local onde o corpo foi encontrado quanto nos locais onde foram encontrados os objetos pessoais dele, como a carteira, e onde possivelmente a moto foi abandonada. “Por se tratarem de regiões de mata e córrego, não havia câmeras de segurança nesses locais. Também foram analisadas câmeras das imediações, mas, infelizmente, nenhuma imagem relevante para a investigação foi identificada”, afirmou.

No local onde o corpo foi encontrado, o delegado acrescenta que não foram identificadas testemunhas que pudessem relatar algo suspeito ou fornecer informações úteis para o esclarecimento da morte. A polícia também constatou que a vítima não tinha inimigos, desavenças ou ameaças.

“Apesar de já terem se passado 10 meses desde o início do caso, é importante esclarecer que, em nenhum momento, as investigações foram interrompidas. Muitas diligências dependem de outros órgãos, como a Polícia Técnico-Científica, que em Goiás é separada da Polícia Civil, o que pode ocasionar algum atraso na emissão de laudos. A investigação também envolve análises de dados telefônicos, telemáticos e diligências complexas que necessitam de manifestação e operacionalização de órgãos diferentes”, declarou o delegado.

Enquanto seguem as investigações, a família vive em constante medo. “Não sabemos quem fez isso com ele e, querendo ou não, é um risco para nós. O Thavisson era uma boa pessoa, não tinha guerra e nem desavença com ninguém. É tudo muito estranho”, desabafa Ana Maria.

Darcianne Diogo
postado em 22/01/2025 17:16
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