
Residentes do condomínio Veredas, em Vicente Pires, enfrentam vazamentos recorrentes na rede de abastecimento de água há, pelo menos, 12 dias. Imagens obtidas pelo Correio mostram a situação das ruas do residencial, pelas quais escorre o desperdício lamentado pelos moradores. Segundo eles, foram feitos ao menos três contatos com a Companhia Ambiental de Saneamento do DF (Caesb), incluindo uma reclamação registrada na ouvidoria da empresa, que enviou uma equipe. Contudo, segundo a administração do local , o problema ainda não foi resolvido.
O Veredas, que fica na rua 8, conta com 35 residências, habitadas por pouco mais de cem moradores, segundo a síndica, Waldirene Dias Nepomuceno. Ela se diz muito preocupada com a situação e destaca que, ao longo do ano passado, houve outros vazamentos. "Eles (os técnicos da Caesb) vêm, depois de um tempo, e consertam. Depois, quebra tudo, novamente, e às vezes no mesmo lugar. Uma vez arrumado o problema, muito tempo depois, eles voltam para fechar o buraco", relata.
Em 22 de janeiro, o derramamento descontrolado de água tornou a ser identificado pelos moradores. De acordo com Waldirene, são seis pontos por onde a água não para de jorrar. A síndica desconfia que a rede de abastecimento do residencial está deteriorada e ultrapassada, necessitando urgentemente de substituição. "A cada novo conserto mal feito, não apenas desperdiça-se água, como também recursos públicos, uma vez que a mesma intervenção precisa ser refeita diversas vezes. Como se pode cobrar a população para economizar água, enquanto a própria concessionária não cuida da infraestrutura necessária para evitar o desperdício?", questiona.
Waldirene está receosa quanto a eventuais prejuízos financeiros dos moradores. Além da lama que desce com a água e a baixa pressão nas torneiras, os buracos precisam ser sinalizados, o que prejudica o trânsito dos veículos dos habitantes e visitantes do Veredas. "Fora esses inconvenientes, que prejudicam os condôminos, a questão ambiental incomoda demais. Não raro, há campanhas de conscientização que, no fundo, são apenas protocolares", desabafa.
Providências
Desde 21 de janeiro, a administração do residencial protocolou uma reclamação na ouvidoria. Nove dias depois, abriu ao menos duas solicitações pedindo reparos. A síndica afirma que os técnicos estiveram apenas uma vez no local, mas o problema não foi resolvido. "Ele persiste e se repete nos mesmos locais, o que demonstra que a solução adotada não é definitiva", diz
Waldirene solicita que a troca da rede seja feita de forma imediata. "Os técnicos que nos atenderam outras vezes disseram que é a única solução", conta. A reportagem entrou em contato com a Caesb e questionou a situação. A companhia informou que não encontrou nenhuma solicitação de conserto no endereço informado. Mesmo assim, uma equipe será enviada para resolver o problema.
Não é a primeira vez que a Rua 8 de Vicente Pires apresenta problemas com vazamento de água. Em novembro do ano passado, água limpa corria pela rua, situação que durou por cerca de 10 dias, mas foi resolvida por técnicos da empresa.
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