crime em Samambaia

Homem que matou vizinho tem prisão preventiva decretada

Francisco Evaldo, acusado de matar Adriano de Jesus, não será liberado, mesmo após passar por audiência de custódia, que ainda não aconteceu

Francisco se entregou na manhã de sexta-feira (7) -  (crédito:  Davi Cruz/CB/D.A Press)
Francisco se entregou na manhã de sexta-feira (7) - (crédito: Davi Cruz/CB/D.A Press)

Francisco Evaldo, 56 anos, teve a prisão preventiva decretada na manhã deste sábado (8/2). Ele ainda não passou por audiência de custódia, porém, segundo o advogado de defesa, Eduardo Castro, o atirador não será liberado. "A audiência de custódia é meramente para saber como ele foi recebido na delegacia ou se sofreu algum tipo de agressão, entre outras informações", explicou o advogado. Francisco é acusado de matar o vizinho, Adriano de Jesus, 50, com quatro disparos, após uma discussão por vaga em um estacionamento público. O caso ocorreu na última quinta-feira (6/2), na QR 408 de Samambaia. 

Pouco menos de 24 horas depois do crime, o autor se apresentou na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte). Seu advogado alegou legítima defesa, tese descartada pela polícia. “Quando ele sacou a arma, as vítimas correram. É nítido que não houve legítima defesa”, destacou o delegado Gleyson Mascarenhas, que cuida do caso. Preso, Francisco está na Carceragem da Polícia Civil e, até a próxima semana, deve ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Advogados de acusação, da equipe Akaoni e Cardoso Advocacia, representam a família de Adriano e reforçaram, em nota, que não se trata de um caso de legítima defesa. A sustentação deve ser demonstrada mediante a análise das filmagens externas e câmeras de segurança, além da avaliação comportamental e dos depoimentos das testemunhas ainda não ouvidas. 

"A gravidade dos fatos exige uma atuação firme e responsável, motivo pelo qual a assistência de acusação buscará a imposição de todas as qualicadoras cabíveis. A família das vítimas confia no trabalho da Justiça e espera que o processo transcorra com a seriedade e o rigor necessários para alcançar uma condenação justa e proporcional à violência praticada", declaram em nota. 

Porte ilegal de arma

A arma usada no crime foi entregue aos policiais no momento em que Francisco se apresentou na 26ª DP. Segundo o delegado Gleyson Mascarenhas, que cuida da investigação, a pistola estava na residência do autor, mas pertence ao filho dele que, no momento do crime, estava no quartel. Além dos indiciamentos por homicídio consumado e tentado, Francisco responderá também pelo porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, com pena de três a seis anos.

Darcianne Diogo
Letícia Mouhamad
postado em 08/02/2025 14:30
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