
Dois novos postos de socorro do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) foram instalados no Lago Paranoá. As estruturas, que visam ampliar a segurança de frequentadores e banhistas, estão localizadas em pontos estratégicos da orla: um próximo à Ponte Juscelino Kubitschek e outro no popular piscinão do Lago Norte. No total, há cinco pontos com bombeiros espalhados às margens do lago, ocupando a Ponte JK, a Ponte do Bragueto, a Prainha do Lago Norte e a Prainha da Asa Sul, na Praça dos Orixás.
O aumento expressivo do número de banhistas, especialmente nos fins de semana e feriados, motivou a decisão de ampliar a cobertura dos guarda-vidas. Segundo estimativas da corporação, cada um desses pontos recebe, diariamente, mais de 500 pessoas em busca de lazer e contato com a natureza. O intuito é garantir atendimento rápido e eficiente em casos de emergência, além de intensificar a orientação aos banhistas sobre práticas seguras nas águas.
Dados do relatório "Estatísticas de Ocorrências Aquáticas Atendidas pelo CBMDF" indicam que, em 2024, foram registrados 62 afogamentos, dos quais 19 resultaram em óbitos. Neste ano, até o dia 31 de março, foram contabilizados 20 afogamentos e 11 óbitos. De acordo com a sargento Camila Rodrigues, guarda-vidas do Grupamento de Busca e Salvamento, o aumento no índice de afogamentos, principalmente após a pandemia, está relacionado à falta de informação.
“A gente está aqui, além de fazer a prevenção, para informar. Se você não sabe nadar, coloque um colete e pergunte ao bombeiro qual é o melhor lugar para entrar, onde tem menos pedras. O Corpo de Bombeiros está pronto para atender a população sempre que precisar. Nós temos todos os equipamentos disponíveis, viaturas, flutuantes… A gente está aqui para garantir a segurança da população”, orienta a militar.
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Grande parte dos afogamentos ocorre perto de uma ilhota localizada nas proximidades da Ponte JK, conhecida popularmente como Ilha do Tesouro. Muitas pessoas se arriscam até lá, por parecer um local perto para alcançar a nado. Mas a distância da margem chega a aproximadamente 50 metros. A sargento Camila reforça que não é proibido ir até a ilha, porém, é importante saber nadar, de preferência não ir sozinho e estar com um objeto que ajude a flutuar, como um colete salva-vidas.
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“As pessoas não sabem o real perigo, o lago fica profundo muito rápido. Então, às vezes estão ali conversando com água na altura do joelho, dá três passos e a água já cobre a cabeça. Junta a bebida e a desinformação – às vezes, as pessoas utilizam um colchão ou uma caixa de isopor como uma boia, achando que aquilo vai salvar a vida delas e não vai”, alerta.
Em caso de risco de afogamento, os guarda-vidas estão de prontidão para prestar socorro. Ao perceber uma ocorrência, a população pode procurar o posto de atendimento mais próximo ou acionar os bombeiros pelo telefone 193.
Com informações da Agência Brasília.