CB.Agro

Produção agropecuária no DF alcança R$ 5,8 bi e mostra força do setor

Segundo o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, mesmo com leve queda de 1%, o setor segue forte, com destaque para floricultura, fruticultura e pecuária

Desde 2016, a Emater realiza um levantamento anual sobre o desempenho das principais cadeias produtivas da região -  (crédito:  Bruna Gaston CB/DA Press)
Desde 2016, a Emater realiza um levantamento anual sobre o desempenho das principais cadeias produtivas da região - (crédito: Bruna Gaston CB/DA Press)

Durante entrevista ao CB.Agro desta sexta-feira (4/7), o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, destacou os principais números e avanços da produção agropecuária no Distrito Federal. Em conversa com os jornalistas Roberto Fonseca e Sibele Negromonte, o gestor comentou a divulgação do Valor Bruto da Produção (VBP) de 2024, que atingiu R$ 5,8 bilhões, com uma leve queda de 1% em relação ao ano anterior, mas que, segundo ele, demonstra estabilidade do setor. “É um valor muito forte para um pequeno Distrito Federal”, afirmou.

Desde 2016, a Emater realiza um levantamento anual sobre o desempenho das principais cadeias produtivas da região. Segundo o presidente, os dados são essenciais para nortear políticas públicas voltadas ao desenvolvimento rural.

Entre os destaques positivos, está a floricultura, com crescimento de 29,39%. Duval explicou que o DF já foi o maior consumidor per capita de flores do país e ressaltou que os eventos da cidade impactam fortemente esse meio, mas, na pandemia, houve uma queda grande da produção. “A gente enxerga essa elevação como um retorno da atividade produtiva da flor de corte”, explicou.

A fruticultura também registrou avanço expressivo, com alta de 18,43%. Goiaba, abacate e maracujá estão entre as frutas mais cultivadas no DF. “Com o programa da Codevasf, estamos atuando no incentivo da fruticultura. Temos incentivado a produção de frutas vermelhas, como o mirtilo e o açaí. Já são 60 hectares com açaí e cerca de 20 produtores trabalhando com mirtilo”, afirmou.

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Com a chegada do inverno, Duval destacou ainda o crescimento das áreas voltadas à vitivinicultura. Atualmente, o DF conta com 55 hectares de uvas de mesa e outros 40 destinados à produção de vinhos. “Isso tudo demonstra o potencial que nós temos aqui e o potencial de consumo”.

Apesar da seca, o clima do DF se mostra vantajoso para muitas culturas. “A falta de chuva propicia a produção, porque as doenças fúngicas e bactérianas não aparecem, então isso facilita muito a produção”, disse. Segundo ele, o uso de tecnologias de irrigação tem garantido o desempenho mesmo em períodos de estiagem.

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A pecuária, por sua vez, segue como carro-chefe da produção agropecuária local. O segmento movimenta R$ 2,2 bilhões, sendo que R$ 1,5 bilhão corresponde à produção de carne de frango. O DF também se destaca como exportador de ovos férteis, que abastecem outros estados e países. “Somos responsáveis por 6% da produção nacional de ovos férteis”, pontuou.

Duval também ressaltou o incentivo à produção de queijo artesanal, aliado à criação de rotas de turismo rural. “No ano passado, na Emater, lançamos uma rota do turismo, ajudamos os produtores a deixarem suas propriedades bem apresentadas para receber pessoas”. 

A produção de cachaça, com oito alambiques em funcionamento no DF, também foi mencionada como um dos nichos promissores. “Isso alavanca a produção de cana, o investimento do empresário em padronização (...) estamos muito empenhados nesses nichos que o consumidor busca e que tem uma rentabilidade maior”, conclui o presidente. 

 

postado em 04/07/2025 17:23 / atualizado em 04/07/2025 17:44
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