
Mosquitos Aedes aegypti, responsáveis pela transmissão dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, que nasceram com a bactéria Wolbachia serão soltos no Distrito Federal. Quando presente no mosquito, a bactéria impede que os vírus das doenças se desenvolvam dentro dele, contribuindo para a redução da transmissão para humanos, segundo o Ministério da Saúde.
No DF, a expectativa é iniciar a soltura dos mosquitos com a bactéria a partir de agosto, como explica Victor Bertollo Gomes Porto, assessor de Mobilização Institucional e Social para a Prevenção de Endemias da Secretaria de Saúde (Ses). “Essa bactéria permite que, quando os mosquitos modificados cruzam com os não modificados, os filhotes nascem já com a Wolbachia, como no caso dos que serão soltos no DF. Ou seja, quanto mais conseguirmos soltar desses mosquitos na comunidade, a porcentagem dos que carregam a Wolbachia aumenta, e a transmissão da doença diminui”, explica.
Segundo Gabriel Sylvestre, gerente de implementação do projeto da Wolbito do Brasil, empresa responsável pela técnica no país, explica que a soltura dos insetos será feita semanalmente, de agosto de 2025 a janeiro de 2026. Por semana, serão liberados quatro milhões de mosquitos com a bactéria Wolbachia.
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Além disso, a liberação será feita em pontos estratégicos, como Arapoanga, Brazlândia, Fercal, Itapoã, Luziânia, Paranoá, Planaltina, São Sebastião, Sobradinho II, Valparaíso e Varjão. “Os lugares são escolhidos pelo Ministério da Saúde, a partir do histórico de casos de dengue ao longo dos anos. Geralmente são cidades com a população em situação de vulnerabilidade social e que precisa de outras alternativas para conter a doença”, esclarece.
Revista do Correio
Esportes
Mariana Morais