JUSTIÇA

Família de jovem morto na Papuda convoca ato por justiça

Ato ocorre nesta terça-feira (15/7), em frente ao Ministério Público do DF. Jovem de 22 anos morreu sob custódia com sinais de agressão. Família alega negligência

Família de jovem morto na Papuda convoca ato por justiça -  (crédito: Marcelo Thompson Flores/ CB.Press)
Família de jovem morto na Papuda convoca ato por justiça - (crédito: Marcelo Thompson Flores/ CB.Press)

Familiares e amigos de Cleiciano das Neves Dantas, 22 anos, farão uma manifestação nesta terça-feira (15/7) para cobrar justiça pela morte do jovem no Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, em 30 de junho. A família acredita que ele foi agredido até a morte.

Déborah tem utilizado as redes sociais para convidar apoiadores. O ato está marcado para às 14h, em frente ao prédio do Ministério Público do Distrito Federal, próximo à Praça do Buriti.

"Buscamos por justiça pois acreditamos que seja um sistema falho. O Cleiciano não foi o primeiro. Lutamos por isso e por melhorias no sistema", ressalta Déborah Dantas, esposa de Cleiciano.

Relembre o caso

Cleiciano estava detido desde 30 de maio no Centro de Detenção Provisória (CDP), após sofrer um surto que levou vizinhos a acionarem a polícia. Durante a abordagem, ele teria arremessado uma pedra contra a viatura e fugido, mas foi capturado em seguida pelos policiais.

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O atestado de sepultamento indica como causas da morte choque hipovolêmico, perda significativa de sangue e hemorragia intra-abdominal. O corpo apresentava ferimentos no rosto, tronco e pernas.

Segundo Déborah, ele sofria de transtornos psicológicos graves, comprovados por laudo médico, e fazia uso contínuo de medicamentos controlados. Ela afirma que, enquanto Cleiciano esteve preso, ficou sem a medicação necessária.

Déborah denuncia que o marido foi alvo constante de agressões na prisão e que ele deveria ter recebido tratamento em uma clínica especializada.

Policiais afastados

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF), a pedido do Ministério Público, dois policiais penais foram afastados cautelarmente de suas funções, por medida administrativa preventiva, até que as circunstâncias do fato sejam devidamente apuradas. Um Procedimento de Investigação Preliminar (PIP) foi instaurado 

Em atenção à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018), a Seape/DF não divulga os nomes dos servidores.

 

 

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postado em 15/07/2025 14:16 / atualizado em 15/07/2025 17:38
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