Crime

Um ano depois, PCDF conclui que criança foi torturada e morta por padrasto

Menino de 3 anos morreu depois de dar entrada no hospital em parada cardiorrespiratória. Polícia Civil concluiu que vítima sofreu tortura. O padrasto, de 37 anos, foi preso. A mãe da criança, de 31 anos, também será responsabilizada pelos mesmos crimes

Homem foi preso preventivamente -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Homem foi preso preventivamente - (crédito: PCDF/Divulgação)

A Polícia Civil do DF concluiu a investigação sobre a morte de um menino de 3 anos, ocorrida em maio do ano passado, em Sobradinho 2. A criança deu entrada no hospital em parada cardiorrespiratória e com múltiplas fraturas pelo corpo.

Os agentes da 35ª Delegacia de Polícia elucidaram o crime após mais de um ano de apuração e comprovaram que o menino foi vítima de homicídio. O padrasto, de 37 anos, foi preso e vai responder por homicídio qualificado e tortura. A mãe da criança, de 31 anos, também será responsabilizada pelos mesmos crimes, mas na modalidade omissiva — por não ter impedido as agressões.

Nesta terça-feira (5/8), os policiais desencadearam a operação Choro Calado e cumpriram o mandado de prisão contra o homem. Laudos periciais apontaram que a causa da morte foi um trauma abdominal fechado, em razão de hemorragias no intestino, além das fraturas pelo corpo, em diferentes estágios de consolidação, o que, para a polícia, sugere fortemente a prática de tortura.

Outro elemento agravante foi a presença de opiáceos (morfina) no organismo da vítima. O delegado-chefe da 35ª DP, Ricardo Viana, afirmou que o medicamento, sem prescrição médica, pode ter sido administrado para evitar a transferência da criança ao hospital e, assim, impedir que os maus-tratos fossem descobertos.

O inquérito policial foi concluído e encaminhado à Justiça. Se condenados, os suspeitos podem pegar penas superiores a 30 anos de prisão.

 

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postado em 05/08/2025 22:46 / atualizado em 05/08/2025 22:46
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