
Pâmella Maria Rocha Rangel, 21 anos, assassinada com uma facada no peito desferida pelo companheiro, pediu medidas protetivas de urgência à Justiça contra o agressor no final do ano passado. O crime ocorreu na noite desse sábado (23/8) na casa da vítima, em Brazlândia. Flávio do Nascimento Santos, 42, foi preso pela PM duas horas depois do crime, quando tentava esconder-se em uma cova do cemitério da cidade.
O Correio apurou que o casal mantinha uma relação de pouco mais de um ano, mas o convívio era complicado e levou a vítima a solicitar as medidas protetivas de urgência contra o agressor. Na delegacia, Flávio contou sobre a dinâmica do ocorrido. Ele disse que por volta das 17h de ontem, o casal estava próximo ao lado consumindo drogas e álcool.
A versão contada por ele dão conta de que os dois retornaram para casa às 18h30 e, ao chegarem, discutiram por causa de drogas, momento em que o suspeito pegou uma faca e desferiu na jovem. Pâmella chegou a ser socorrida pelos bombeiros e levada ao Hospital Regional de Brazlândia, mas não resistiu.
Confissão
Depois de assassinar a jovem, Flávio confessou o crime aos familiares da vítima. Ele acionou a irmã e a mãe da vítima e disse: “Eu acho que matei sua filha”. Um vizinho relatou aos policiais ter escutado gritos de Pâmella pedindo por socorro. Disse, ainda, ter visto Flávio saindo de casa com o celular na mão e dizendo: “Me perdoa, me perdoa pelo o que fiz.”
Flávio fugiu da cena do crime sentido cemitério da cidade. Segundo a Polícia Militar, o homem foi encontrado tentando se esconder em uma das covas, por volta das 22h45.
Ocorrência
Em novembro do ano passado, Pâmella registrou a primeira ocorrência contra o companheiro por lesões corporais. Um mês depois, requereu medidas protetivas de urgência, que foram deferidas pela Justiça.
Na decisão, o juiz determinou, ao autor, o afastamento do lar, recinto ou local de convivência com a vítima; proibição de aproximação da vítima e fixou a distância de 300 metros; proibição de contato com a vítima, por qualquer meio de comunicação, tais como ligação telefônica, WhatsApp, e-mail, Facebook, Instagram e outros; e proibição de frequentar determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida.
Cidades DF
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