
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), deflagrou, nesta terça-feira (26/8), uma operação para desarticular uma organização criminosa interestadual que aplicava golpes em idosos. Três integrantes da quadrilha foram presos em São Paulo. Os policiais também cumpriram mandados de busca contra outros dois suspeitos.
As investigações revelaram que o grupo operava em ritmo industrial: viajava semanalmente para diferentes capitais brasileiras, faturando até R$ 600 mil por mês e movimentando cerca de R$ 7 milhões por ano. A engrenagem criminosa seguia um roteiro meticuloso, repetido em todas as cidades visitadas.
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No Distrito Federal, onde os criminosos agiram em três períodos distintos de 2025 — abril, maio e junho —, 19 ocorrências foram registradas, com prejuízos que somam R$ 500 mil.
O golpe
Segundo a PCDF, o modus operandi explorava a vulnerabilidade das vítimas. A quadrilha escolhia caixas eletrônicos de shoppings e supermercados, onde se aproximava de idosos sob o pretexto de auxiliar em supostas atualizações de chip ou pendências bancárias. Durante a falsa ajuda, os golpistas trocavam o cartão da vítima por outro inválido e, ao mesmo tempo, obtinham dados pessoais e senhas.
Com os cartões e as senhas em mãos, os criminosos faziam compras de alto valor em estabelecimentos comerciais e pagamentos de boletos destinados a “laranjas”.
Saiba Mais
Rede estruturada
A Corpatri identificou que cada “temporada” da quadrilha em uma capital rendia, em média, R$ 150 mil. Os criminosos circulavam de forma itinerante, planejando datas e cidades-alvo, o que dificultava a investigação policial.
“A desarticulação dessa quadrilha representa um golpe significativo na criminalidade patrimonial que vitimiza pessoas idosas. O esquema criminoso, que operava há meses de forma itinerante pelo país, causava prejuízos milionários não apenas às vítimas diretas, mas também ao sistema financeiro e à sociedade como um todo”, destacou o delegado Renato Fayão.
Cidades DF
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