
Por Laíza Ribeiro* — O engenheiro-agrônomo, Claudinei Vieira, gerente do escritório da Emater-DF em Brazlândia foi o convidado do CB.Agro — parceria do Correio com a TV Brasília — desta sexta-feira (22/8). Na entrevista aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Roberto Fonseca, ele falou sobre a 29ª Festa do Morango de Brasília, a produção e a falta de mão de obra para essa cultura no Distrito Federal.
A Festa do Morango será em dois fins de semana: de 5 a 7 de se setembro e de 12 a 14 de setembro. Claudinei comentou sobre a programação cheia de atrações. “Teremos concurso de receitas, o Colha e Pague, shows artísticos durante todos os dias da festa. Uma infinidade de atrações para que todos participem”, antecipou.
Ele explicou sobre como será o Colha e Pague, juma das atividades em destaque. “É um dia especial no campo, onde um produtor que nós já escolhemos separa uma roça que ele não irá colher para levar os morangos para o mercado e recebe visitas. Temos uma turma pela manhã e outra pela tarde e cada uma dessas turmas irá visitar uma área intacta de morangos bem docinhos e eles poderão consumir o morango direto do pé e, caso queira, levar uma quantidade para casa. Se ele quiser uma quantidade maior, ele poderá pagar mais para levar uma quantidade maior de morangos”, completou. O Colha e Pague funcionará nos dias 6 e 13 de setembro, dentro da programação da Festa do Morango. As informações serão postadas nas redes sociais da Emater.
Vieira celebrou a produção do morango no Distrito Federal. “O morango é um produto de valor agregado alto, com uma alta demanda de mão de obra e, depois da pandemia, ele se manteve estável, sem mais produtores ou áreas, mas com uma boa produtividade, com mais de 6,5 mil toneladas produzidas", disse, acrescentando que os técnicos da Emater acompanham diariamente os produtores para que eles possam adotar as tecnologias de produção e consigam se manter na atividade. "O morango é uma atividade rentável e incentivamos isso com outras técnicas de cultivos ou implementando o turismo rural”, comentou.
Sobre os preços da fruta, o gerente explicou que são ajustados de acordo com a produção. “O morango tem a questão da oferta e da procura. Do plantio até a colheita, leva em torno de 60 dias. A safra de morangos aqui em Brazlândia é plantada mais ou menos de março até abril. No início, como a produção é pequena, temos um preço mais elevado, mas, aos poucos, isso vai se ajustando e o preço naturalmente cai”, explicou Claudinei.
O engenheiro-agrônomo também pontuou sobre a autossuficiência do DF na produção da fruta. “No auge da colheita do morango, temos uma autossuficiência em produção, inclusive, exportamos para outros estados pois o mercado interno não consegue consumir todo o volume produzido”, afirmou.
Segundo Vieira, a mão de obra é um problema sério na cultura do morango. “Nós calculamos hoje cerca de sete pessoas para cuidar de um hectare apenas de morango plantado. Se a família for pequena, ela vai ter que plantar lavouras menores, porque não vai ter mão de obra para cuidar. Mão de obra de fora, não está encontrando”, finalizou.
Assista a entrevista completa:
*Estagiária sob a supervisão de Malcia Afonso
Cidades DF
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