
O padre Patrick Fernandes apresenta neste fim de semana no Teatro Caesb, em Águas Claras, o show "Bença Padre". Ao todo, são três sessões, sendo duas neste sábado (30/8) e uma no domingo (31/8). Com mais de 6 milhões de seguidores nas redes sociais, ele conta que as apresentações são oportunidade para que as pessoas o conheçam "para além da internet".
"A noite é sempre marcada de muitas risadas e muitas emoções como se fosse uma montanha-russa. A gente faz a parte da comédia, mas também traz uma mensagem que possa ficar no coração das pessoas", afirma o religioso em entrevista ao Correio.
Conhecido por suas as respostas bem-humoradas à dúvidas de seguidores, ele afirma que tinha medo que as pessoas tivessem uma imagem abstrata e errada a seu respeito. "Essa percepção começou a mudar a partir do momento em que eu comecei a viajar. As pessoas chegavam, me agradeciam, choravam. Então, eu fui entendendo aos poucos que o humor era uma ferramenta", avalia o religioso.
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Igreja nas redes sociais
Para o ministro católico, a pandemia forçou a igreja a se mostrar por meio das redes sociais. "É um caminho sem volta, a gente não tem mais como voltar atrás. E a mensagem da igreja, do papa, tanto do Francisco como o Leão, é justamente nesse sentido de continuidade. A gente precisa usar esse espaço para mostrar algo bom às pessoas."
Além disso, o religioso defende a necessidade de tornar atual a "palavra de Deus". "Nós precisamos conversar com as pessoas deste tempo, desta época, a onde a gente pensa assim: 'O que o Cristo faria se estivesse no meu lugar?' A igreja precisa-se também viver isso, essa experiência, essa espiritualidade", afirma o religioso.
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O padre também ficou conhecido por sua participação, em maio deste ano, na CPI das Bets, no Senado Federal. O religioso foi convidado após publicar um vídeo, no qual ele se ofereceu para depor na comissão. "Todas as vezes que a dignidade humana é ferida, machucada, a igreja tem uma obrigação moral de denunciar", afirma o religioso.
O padre afirma que a CPI "não deu em nada", mas que se sente bem por pelo menos dar luz à questão e ainda mencionou os problemas que o vício pode causar, levando até a fatalidades. "A gente tem visto assim situações de pessoas endividadas, de famílias destruídas, de suicídio, que estão se alastrando cada vez mais. Então, eu acho que a igreja precisa continuar a falar", opina.
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