Lara Costa - especial para o Correio
Alunos selecionados do programa Pontes para o mundo participaram da reunião final antes do intercâmbio para o Reino Unido, nesse sábado (23/8), no Teatro Nacional. A iniciativa da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) tem como objetivo oferecer a 100 estudantes da rede pública a oportunidade de vivência internacional educacional no Reino Unido.
Nesta edição, foram escolhidos 102 pessoas de diversas regiões administrativas do DF, que vão viajar entre 3 e 4 setembro, e ficarão até 5 de dezembro. O governador Ibaneis Rocha destacou a importância do projeto a partir da própria experiência de intercâmbio na adolescência. "Vocês não imaginam o tanto que é satisfatório e enriquecedor conhecer outras culturas"
Ibaneis também anunciou a expansão do programa, passando para 400 alunos em três países: Alemanha, Espanha e Japão; além do encaminhamento de um projeto de lei à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que torne o programa de forma permanente.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, também foi aluna de intercâmbio entre os 14 e 15 anos, e ressalta a importância do projeto. "Foi um divisor de águas na minha vida, o que amadureci e aproveitei em cada situação. Experimentem tudo, olhem e provem as comidas, não tenham preconceito, tudo é aprendizado."
Dupla oportunidade
Os irmãos gêmeos José Pedro e Thiago Felipe Lima Travassos, de 17 anos, se demonstraram animados com a viagem. Estudantes do Centro Educacional (CED) 06 de Ceilândia, ambos ficarão no país de Gales, onde terão a oportunidade de estudar na renomada Universidade de Cambridge.
"Está bem emocionante, estou tentando processar tudo que está acontecendo e acho que a minha ficha só vai cair de verdade quando eu estiver lá. Espero conhecer muitas pessoas, fazer vários amigos e estudar bastante também está na minha lista", vibra José Pedro.
Nesta última semana que antecede a viagem, Thiago Felipe conta que fará tudo que puder, para matar a saudade do Brasil, como comer caju e tomar guaraná. No entanto, ele também reconhece que, ao final da estadia, pode sentir falta de alguns aspectos. "Três meses é um tempo grande e curto também, sinto que, eventualmente, posso sentir saudade das pessoas de lá também", acrescenta.
Expectativas
Os pais, Elisabeto, 63, e Maria Aparecida, 57, contam que têm expectativas com o intercâmbio dos filhos, principalmente por ser a oportunidade de ambos viverem fora de casa. Para o servidor público, a experiência é nova, uma vez que irão passar um tempo longe dos filhos. "Nós sempre damos uma boa educação, não discutimos e nunca pedimos para eles estudarem, isso parte deles. Eles estão lá por próprio mérito. Até mesmo sem falar conosco, fizeram a inscrição e a prova, nos avisaram depois", relatou. "Eu sei que eles merecem tudo que eles estão vivendo, e que vão se dar bem. É difícil de ficar sem a presença física, mas vamos nos comunicar todos os dias", completou a mãe.
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