Barbárie

Assassinos esquartejaram e enterraram Ingrid Michelli por causa de R$ 280

Ingrid Michelli Siqueira Pinheiro, 38 anos, vivia em situação de rua e teve o corpo encontrado, em 14 de agosto, em uma cova rasa na região do Curral, no Areal

A mulher esquartejada e enterrada em uma área de mata no Areal teria sido assassinada por causa de R$ 280. Ingrid Michelli Siqueira Pinheiro, 38 anos, vivia em situação de rua e teve o corpo encontrado, em 14 de agosto, em uma cova rasa na região do Curral. As investigações conduzidas pela 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) chegaram aos três homens que teriam sido responsáveis pelo crime brutal.

O Correio apurou que eles são Rafael Henrique Teixeira, 19, vulgo Zoio; Breno de Souza, 23; e Francisco Lucas Vale Lima, 25, mais conhecido como “De oclinho”. Os três foram presos entre 19 de agosto e esta quarta-feira (27/8), no Curral e em Pirenópolis (GO).

Cerca de uma semana antes de ser encontrada morta, Ingrid passou a noite na casa de Rafael. Perto do amanhecer, o suspeito acordou e a viu prestes a ir embora. Em depoimento, disse ter notado o sumiço do celular e questionado se ela havia pegado o aparelho, o que foi negado por Ingrid. Segundo ele, ao usar o telefone de um vizinho para ligar para o próprio número, o aparelho tocou na cintura da mulher. Os dois teriam tido uma discussão e Ingrid foi embora.

Durante a oitiva, Rafael disse que, após a saída dela da casa, notou que haviam sumido R$ 280 dos pertences dele. A mulher chegou a ficar sumida da região do Curral por cerca de quatro dias.

Versões conflitantes

A informação sobre o furto do dinheiro circulou na região e a polícia, ao iniciar a investigação do caso, deparou-se com versões conflitantes apresentadas pelos suspeitos. Depois de localizar o corpo, após uma denúncia anônima, e interrogar Rafael, os investigadores chegaram ao nome de Francisco Lucas, colega de Rafael.

Na delegacia, Rafael afirmou ter reencontrado Ingrid após o suposto furto, mas disse que a ignorou. Dias depois, relatou que, ao descer para consumir drogas em uma mata, encontrou Francisco com as roupas sujas de sangue. Questionado pelo colega, o homem teria confessado ter matado Ingrid por causa do furto.

A versão, porém, difere do relato de Francisco na delegacia. Ele disse apenas ter tomado conhecimento do desaparecimento de Ingrid e afirmou ter visto Rafael e Breno de Souza levando a mulher pelo braço até a mata, o que contradiz o depoimento de Rafael.

Breno, por sua vez, alegou ser recém-chegado à região e afirmou ter presenciado Rafael e Francisco conduzindo Ingrid para a mata, já com as mãos e os pés amarrados com fios de telefone. Ainda segundo a polícia, cada um dos suspeitos aponta os outros dois como autores do homicídio e do esquartejamento da vítima, o que reforça as contradições nas versões apresentadas. 

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