Investigação

Grupo por trás dos golpes das panelas e dos calçados é alvo de operação

Foram cumpridos dois mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo e em Minas Gerais. A polícia identificou ao menos três tipos de golpes (das sandálias, das panelas e dos aparelhos ortopédicos) e uma extorsão mediante violência

Operação foi desencadeada pela 31ª DP -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Operação foi desencadeada pela 31ª DP - (crédito: PCDF/Divulgação)

Policiais civis da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) desencadearam uma operação contra criminosos especializados em aplicar golpes em idosos. Foram cumpridos dois mandados de prisão e de busca e apreensão nos estados de São Paulo e de Minas Gerais. A ação foi deflagrada entre 26 de agosto e 1º de setembro.

A polícia identificou ao menos três tipos de golpes (das sandálias, das panelas e dos aparelhos ortopédicos) e uma extorsão mediante violência. No primeiro, os criminosos abordavam os idosos em casa e ofereciam calçados a preços acessíveis. Eles se recusavam a receber em dinheiro e exigiam pagamento via cartão, utilizando maquinas para registrar valores superiores ao combinado. Segundo a PCDF, depois de alegar falhas nos aparelhos, deixavam de emitir os comprovantes e fugiam.

No golpe das panelas, três pessoas chegavam em veículos novos, para transmitir legitimidade, e ofereciam jogos de panelas supostamente de marcas famosas, em “promoção”. Para convencer as vítimas, usavam técnicas de pressão psicológica e, na hora do pagamento, ocultavam a tela da máquina para lançar valores abusivos em múltiplas transações. Na venda de aparelhos ortopédicos, agiam praticamente da mesma forma: ofereciam os equipamentos a preços baixos e colocavam outro valor no momento do pagamento. 

Extorsão

Outro grupo atraía vítimas por meio de anúncios em redes sociais, oferecendo empréstimos “sem burocracia”. Após liberar um pequeno valor, começavam as cobranças diárias, com juros abusivos. Diante do atraso, eles passavam a ameaçar as vítimas e familiares por mensagens e depois enviavam cobradores, que danificavam patrimônio e gravavam os atos em vídeo para intimidar. O objetivo era forçar pagamentos maiores, utilizando violência, grave ameaça e exposição vexatória como forma de cobrança.

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postado em 02/09/2025 17:53
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