
O Correio esteve na instituição Liberte-se, no Paranoá, e encontrou movimentação no local, apesar da decisão judicial que determinou o fechamento das unidades. Na manhã desta sexta-feira (19/9), funcionários circulavam pela área e realizavam atividades de manutenção nas dependências. Uminterno revelou que no local havia ao menos sete pessoas.
Um dos funcionários, identificado como secretário da unidade, informou que o representante legal não estava presente no local. Segundo ele, a unidade não está funcionando como clínica de recuperação e afirmou que o espaço estaria sendo utilizado apenas para serviços de manutenção, cuidados com animais e preservação da estrutura física. "A mesma estrutura que é cuidada e zelada por fora também é feita na parte interna", declarou.
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O secretário acrescentou que a unidade possui licença para operar e está legalizada. Ele destacou também que, apesar do nome semelhante, cada uma das clínicas ligadas ao grupo tem administrações e infraestruturas diferentes.
Interdição
A Justiça do Distrito Federal determinou, no fim da última quarta-feira (17/9), o fechamento imediato da Comunidade Terapêutica Liberte-se, do Lago Oeste. Denúncias de cárcere privado e maus-tratos chegaram à polícia por meio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa (CDH/CLDF), que recebeu diversas denúncias sobre a instituição.
Investigadores da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II) foram ao local e encaminharam 27 internos para prestar depoimento. Segundo o delegado Ricardo Viana, chefe da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho II), parte dos relatos indicavam que os pacientes não tinham o livre-arbítrio de deixar o local, o que configura “internação involuntária fora dos parâmetros legais”.
Três pessoas foram presas em flagrante pelo crime de cárcere privado. Eles foram liberados pela Justiça em audiência de custódia e terão que usar tornozeleira eletrônica por 90 dias.
Cidades DF
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