
Duas mulheres foram presas, nesta segunda-feira (13/10), suspeitas de enganar proprietários rurais do Distrito Federal e causar um prejuízo estimado em R$ 500 mil. Segundo investigação da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), as investigadas são mãe e filha e teriam se especializado em aplicar golpes em pequenos produtores da região.
Entre maio de 2024 e abril de 2025, elas fizeram ao menos seis vítimas: três em Brazlândia, duas em Vicente Pires e uma em Ceilândia. Um único produtor rural chegou a perder R$ 320 mil. Outros três casos semelhantes estão em apuração.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
As investigações apontam que a dupla se apresentava como interessada na compra de propriedades rurais. Após fechar o suposto negócio, elas inventavam despesas relacionadas ao georreferenciamento da área e à entrada de valores vindos do exterior — afirmando que o pagamento seria feito a partir de uma conta em Zurique, na Suíça.
As golpistas, então, exigiam que os proprietários arcassem com esses custos antecipadamente, sob promessa de que o valor total da venda seria liberado em seguida. No entanto, após receber os depósitos, as suspeitas desistiam do negócio e não devolviam o dinheiro. Para ganhar tempo e evitar o acionamento da polícia, entregavam cheques sem fundos e assinavam termos de confissão de dívida que nunca eram cumpridos.
As duas mulheres já haviam sido presas em julho deste ano, mas foram liberadas dias depois, após a revogação da prisão. Uma delas tem condenação anterior, de 2019, por estelionato e falsidade ideológica em Ceilândia. A nova prisão foi decretada após o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) apresentar denúncia e surgirem novos indícios de fraude.
Na decisão, o juiz da Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Brazlândia destacou a gravidade dos crimes e a reincidência das investigadas. “A periculosidade social das denunciadas é manifesta e acentuada pela multiplicidade de ocorrências em um curto período, sempre com o mesmo modus operandi”, afirmou o magistrado.
“Os valores subtraídos representam perdas significativas para pessoas que, em muitos casos, investiram suas economias e esperanças em projetos fraudulentos. A magnitude dos prejuízos reforça a necessidade de interromper a atividade criminosa que abala a confiança nas relações sociais e comerciais”, concluiu o juiz.
Cidades DF
Cidades DF
Cidades DF