
No primeiro dia de liberdade, Francisco Mairlon Barros Aguiar, 37 anos, inocentado pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), recebeu a imprensa e falou sobre a ansiedade em reencontrar o filho, que ainda não tinha nascido quando ele foi para a cadeia. O tribunal anulou a ação penal contra Francisco, que estava preso acusado de ser um dos executores do crime da 113 Sul.
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"Durante todo esse tempo, pensei muito no meu filho, que eu ainda não tinha visto", relembrou ele, que foi preso enquanto a então mulher estava grávida de seu único filho, hoje com 15 anos. "Eu estou ansioso demais para ver meu filho, que está morando no Ceará", acrescentou.
Francisco disse que o filho mora com a mãe e o padrasto, mas que os avós paternos sempre o visitam e têm contato com o jovem. Enquanto estava na prisão, ele só viu o filho pessoalmente uma vez. Além disso, só via o garoto por foto que os irmãos levavam para mostrar. "Eu estava fazendo vários planos com meu filho quando aconteceu essa fatalidade do meu nome ser envolvido nesse caso", lamentou.
"É uma felicidade imensa rever a minha família e os amigos. Está sendo um sonho. Estou sentindo muito acolhimento e energias boas", desabafou.
Francisco contou ainda que trabalhou a mente para não se abalar com as situações vividas no sistema penitenciário. "Foi sofrido, passei várias adversidades lá dentro, não é fácil um cidadão comum cair no sistema penitenciário no contexto em que fui julgado", relatou.
Ele disse que estranhou algumas novidades, mas está se familiarizando com as novas tecnologias. "Na minha época, o que tinha era orkut e msn", recordou. "Enquanto estava preso, assistia muita novela. Lembro muito do personagem Candinho, que falava que tudo que acontece de ruim na vida da gente era para depois melhorar", compartilhou.
Cidades DF
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