
Solto na madrugada desta quarta-feira (15/10) depois de 15 anos preso acusado de ser um dos executores do Crime da 113 Sul, Francisco Mairlon Barros Aguiar, 37 anos, falou sobre a liberdade e sobre os momentos difíceis vividos na prisão.
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“Estou saboreando a liberdade, estou saboreando cada momento. É muita emoção”, disse ele com a voz e as mãos trêmulas durante entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (15/10) na casa dos pais dele, no Novo Gama, em Goiás.
Francisco enfatizou a importância do apoio da família durante o tempo em que esteve preso. “Eu tive que ser muito resiliente. A situação é muito pesada dentro do sistema penitenciário. Se eu não tivesse uma estrutura familiar, poderiam ter acontecido coisas ruins comigo”, afirmou.
“Nenhum tipo de reparação, nem dinheiro, nem nenhuma palavra que a Justiça possa falar vai compensar o sofrimento que passei. É uma dor insuportável que passei lá dentro (da cadeia)”, ressaltou Francisco.
Na terça-feira (14/10), ele foi inocentado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O julgamento teve uma reviravolta durante a sessão: o voto inicial do relator era pela anulação da decisão de pronúncia e da condenação. Contudo, após um aparte do ministro Rogerio Schietti Cruz, prevaleceu o entendimento de que o correto seria o trancamento total da ação penal, encerrando definitivamente o processo e restaurando a liberdade plena de Francisco.
Em 2009, foram mortos o ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, a esposa dele, Maria Carvalho, e a empregada da família, Francisca da Silva. Francisco era apontado como um dos três executores do triplo homicídio.
Cidades DF
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