
O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Thiago Peralva foi condenado pela Justiça por ajudar o ex-diretor da PCDF Robson Cândido a interceptar conversas tefônicas da ex. Ele vai responder pelo artigo 10 da lei nº 9296/96, que diz ser crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Ele foi condenado a dois anos de reclusão, mas a pena foi substituída por uma multa no valor de R$ 20 mil. Na época do ocorrido, Peralva era delegado da 19ª Delegacia de Polícia, situada na Ceilândia. Peralva foi absolvido em relação à participação no delito de stalking.
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O ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido foi condenado a um ano e três meses em regime aberto pelos crimes de stalking e violência psicológica, cometidos contra a ex-namorada, com quem se relacionou entre janeiro de 2022 e abril de 2023.
Ao Correio, os advogados de Cândido, Cleber Lopes e Rita Machado, informaram que vão recorrer da condenação.
"A sentença deixou muito claro o excesso que houve na acusação contra Robson ao absolvê-lo de diversos fatos. Embora já tenha sido absolvido de quase todas as acusações, a defesa recorrerá da condenação parcial e confia que o Tribunal promoverá o devido reequilíbrio do caso, conduzindo-o à solução mais justa e adequada", disse a defesa.
Relembre o caso
Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) explicou a relação conturbada em que a vítima, de 25 anos à época, vivia com Cândido. De abril de 2023 a 4 de novembro — data em que foi preso —, o ex-delegado-chefe teria perseguido a ex de todas as maneiras. Segundo os promotores, Cândido “perseguiu reiteradamente a vítima, por meio de expedientes e investidas variadas (...), ameaçando-lhe a integridade psicológica, invadindo e perturbando sua esfera de liberdade e privacidade”.

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