ESPECIAL

Feira Permanente de Samambaia é ponto de encontro da cidade

Feira Permanente da Quadra 202 reúne comerciantes e clientes locais e atrai uma clientela diversificada

Criada em 1993, a Feira Permanente de Samambaia, na Quadra 202 de Samambaia Norte é um ponto tradicional para comerciantes e moradores da cidade. Em seus 32 anos, ela reúne histórias e memórias de comerciantes e clientes. 

A diversidade de produtos e de serviços presentes na feira é o principal atrativo para Maria do Socorro Cavalcante, de 51 anos. Ela mora em Samambaia há 25 anos e, desde que se mudou para a cidade frequenta o local regularmente. "Semanalmente, marco presença na feira para comprar alguns produtos. O que eu acho que diferencia aqui dos outros lugares é a qualidade dos produtos", afirma. A aposentada ressalta que a feira é uma parte fundamental para a cidade. "É a alma de Samambaia. Sem isso aqui (a feira), a cidade iria ficar deserta", acrescenta.

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Assim como Maria do Socorro, outras pessoas são atraídas pelos serviços das feiras. Esse é o caso da Emanuele Cristina, 39, e de seu filho, José Élias, 9, que moram na cidade há cinco anos. A mãe comenta que acha importante ter uma diversidade de produtos na feira. "Acho importante, porque não precisa ir para longe de casa para consertar um celular, por exemplo", comenta. 

Natural da Bahia, Márcia Cristina Alcântara, 60, está de viagem em Brasília e afirma que ficou encantada com a feira. "Eu valorizo muito esses locais, acho de suma importância para os moradores da região. Também valoriza os comerciantes e oferece produtos maravilhosos a um preço acessível", afirma. A filha, Roberta Rodrigues Braga, 27, herdou o gosto por feiras. "A diversidade é sempre bom, a variedade é ótima. Ter esse espaço perto de casa é maravilhoso", acrescenta.

Comércio

A cabeleireira Cristina Guedes, 58, é dona do salão de beleza Shalon, que ocupa um dos pontos mais disputados do local, de frente para o estacionamento. "Essa banca estava à venda e, com o dinheiro que eu reservara para comprar um carro, decidi comprar a loja e começar meu trabalho", conta. A decisão, tomada há duas décadas, transformou sua vida. "Estou aqui há 20 anos. Ganhei bastante dinheiro com meu trabalho. Aminha banca é um dos melhores pontos da feira".

Antes de abrir o salão, Cristina atendia clientes em casa, fazendo cabelos e sobrancelhas. O crescimento da clientela a motivou a buscar um espaço fixo, onde pudesse atender com mais conforto e visibilidade. "Quando vi a oportunidade, não pensei duas vezes. Era um sonho ter o meu próprio salão. Já cheguei a atender cerca de 20 pessoas por dia", lembra. 

Quem também encontrou na feira um novo caminho foi a costureira Helena Maria, 59. Assim como Cristina, ela começou a trabalhar em casa, mas enfrentava dificuldades para manter o ambiente organizado. "Eu costurava em casa, mas fazia muita bagunça. Comecei a trabalhar nessa banca, substituindo a dona, que estava doente. Ela decidiu não voltar e colocou à venda. Eu comprei e comecei a fazer meus trabalhos por aqui", conta. A mudança trouxe mais praticidade e, principalmente, contato com o público.

Helena se orgulha do que construiu desde então. No pequeno espaço, ela realiza consertos e ajustes de roupas, sempre com bom-humor e atenção aos detalhes. "Gosto que aqui eu sempre vejo pessoas diferentes e sou comunicativa. Já conquistei meus clientes fiéis". 

 


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