O Tribunal do Júri do DF condenou três acusados do assassinato brutal do adolescente Samuel Soares Marques, 14 anos. Juntos, Ruan Felipe Barbosa, 20, Matheus Cruz Souza, 21, e William Silva Miranda, 30, apontado como o mandante do crime e membro do Comboio do Cão (CDC), receberam pena superior a 80 anos em regime inicial fechado.
William, o Chuchu, foi o que recebeu uma sentença maior: 31 anos e 3 meses de reclusão. As investigações da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) revelaram que o criminoso teria dado a ordem para o assassinato de Samuel, como forma de punição e demonstração de poder. Ruan pegou 21 anos e 10 meses de prisão; Matheus, 28 anos.
O caso
O adolescente foi morto em 7 de janeiro e o corpo estava no Recanto do Jacaré, em Samambaia. Segundo os investigadores do caso, Samuel vendia drogas para a facção em uma distribuidora de bebidas gerida por um dos líderes do grupo na região e teria desviado dinheiro, criando uma espécie de “caixa 2”. O prejuízo financeiro causado pelo adolescente teria motivado a execução.
Em 11 de janeiro, a polícia deteve outros dois envolvidos, que confessaram o homicídio. Na delegacia, um dos presos detido em 11 de janeiro contou uma versão controversa para explicar as provas colhidas nas diligências. Segundo o autor, o grupo buscou Samuel para tomar banho na cachoeira do Jacaré, mas não tinha a intenção de matá-lo. No local, contudo, teria havido uma discussão, que resultou na morte do adolescente.
O corpo do menor foi encontrado em meio a uma área de mata, na Quadra 623 de Samambaia. Samuel estava degolado e com uma das mãos decepadas. De acordo com a polícia, o adolescente sofreu 32 golpes de facão.
