SEGURANÇA PÚBLICA

"Existe um exército do tráfico", diz Celina Leão sobre operação no Rio

A vice-governadora do Distrito Federal comentou as principais ações relacionadas ao combate das facções criminosas, como o chamado Consórcio da Paz

Vice-governadora Celina Leão no CB.Poder -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Vice-governadora Celina Leão no CB.Poder - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Nesta terça-feira (4/11), foi instaurada a CPI do Crime Organizado no Senado Federal. Em entrevista ao programa CB.Poder — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília —, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), detalhou às jornalistas Denise Rothenburg e Ana Maria Campos as principais ações de combate ao crime, como o chamado Consórcio da Paz. 

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A gestora participou de uma reunião com outros seis governadores no Rio Janeiro, em que foram debatidas soluções para as articulações criminosas. Ela falou sobre a criação do Consórcio da Paz: “Acredito que o consórcio vai conseguir trazer agilidade, na parte da inteligência de informações, porque a percepção é que existe um descompasso entre a atualização das polícias do Brasil e a atualização do crime organizado".

As organizações criminosas de 1988, quando foi instituída a Constituição Federal, não são as mesmas de hoje, lembrou Celina Leão. "O crime organizado, atualmente, envolve lavagem de dinheiro, está presente em todas as áreas da sociedade, causando um prejuízo enorme. Esse descompasso faz com que não tenhamos instrumentos para enfrentar o problema. Então, o consórcio surge para agilizar essa troca de informações, com um banco de dados único”. 

Na última semana, uma operação policial para deter o crime organizado resultou em um saldo de 121 mortos no Rio de Janeiro. “Existe um exército do tráfico, aqueles homens foram altamente treinados para matar e para morrer. Eles estavam prontos para ter um combate com a polícia. Porque aqueles que não quiseram combater, se renderam e foram presos, vão responder por um processo legal”, afirmou a gestora. “É uma questão de soberania nacional. Se escolhe enfrentar a segurança pública, pode matar um policial, mas você pode morrer também”, acrescentou Celina.

A dirigente ainda trouxe que a problemática não é uma grande preocupação na unidade federativa: “Aqui não temos o crime organizado instalado como em outros estados. No Distrito Federal, a segurança pública é muito forte. A polícia entra em todas as cidades, em todos os bairros”.

Assista a entrevista na íntegra:

 

* Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel

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postado em 04/11/2025 14:27 / atualizado em 04/11/2025 14:34
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