CRIME

Rede de extorsão movimentou R$ 2,6 mi e usava sites de acompanhantes como isca

Segundo o delegado-chefe da 5ª DP, Welington Barros, os criminosos se infiltraram em sites de garotas de programa e se passavam por uma delas

A partir de uma ocorrência registrada no DF em 29 de janeiro do ano passado, a polícia tomou conhecimento acerca do grupo -  (crédito: Reprodução)
A partir de uma ocorrência registrada no DF em 29 de janeiro do ano passado, a polícia tomou conhecimento acerca do grupo - (crédito: Reprodução)

Seis municípios do Rio Grande do Sul e um de Santa Catarina foram alvos de uma megaoperação executada pela 5ª Delegacia de Polícia (área central) na manhã desta quinta-feira (6/11). Os policiais civis do DF identificaram, nas regiões, o domínio de uma organização criminosa especializada em extorsões mediante fraude digital. São cumpridos 15 ordens judiciais, sendo três de prisão.

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A partir de uma ocorrência registrada no DF em 29 de janeiro do ano passado, a polícia tomou conhecimento acerca do grupo. Segundo o delegado-chefe da 5ª DP, Welington Barros, os criminosos se infiltraram em sites de garotas de programa e se passavam por uma delas. Depois da troca de conversas entre o cliente e a falsa garota de programa, outro membro do bando entrava em contato com a vítima.

Nesse contato, as vítimas eram submetidas a grave intimidação psicológica por um dos criminosos que se dizia integrante de facção criminosa: elas recebiam fotos de armas de fogo e ameaças diretas a familiares. Como condição, exigia transferências via PIX. No DF, a vítima efetuou duas transferências que somaram R$ 1 mil, após ter dados pessoais sensíveis expostos pelos extorsionários como forma de validar a ameaça e demonstrar capacidade de localização.

O avanço das diligências investigativas, contudo, expôs dimensão significativamente maior do empreendimento criminoso. Mediante análise de inteligência financeira e afastamentos de sigilo judicialmente autorizados, foi possível identificar movimentação financeira superior a R$ 2,65 milhões. O rastreamento patrimonial evidenciou padrão típico de ocultação de valores: transações fracionadas, contas interpostas e fluxos cruzados entre titulares vinculados por laços familiares ou associativos — técnica característica da fase de dissimulação (layering) no processo de lavagem de capitais.

Os suspeitos vão responder por extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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postado em 06/11/2025 07:01
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