
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (19/11), a operação Bethlehem, para desarticular um grupo de empresários acusado de montar uma empresa de fachada para sonegar impostos. A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/DECOR), aponta que o esquema funcionou entre 2017 e 2022 e provocou prejuízo estimado em R$ 15,5 milhões aos cofres do DF.
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Segundo a polícia, os donos de uma rede de padarias e farmácias — com atuação principalmente no Gama — habilitavam máquinas de cartão em nome da empresa fantasma, registrada por “laranjas”. As vendas reais eram feitas pelas lojas da rede, mas eram contabilizadas como se pertencessem ao empreendimento fictício.
Os laranjas utilizados eram um sobrinho e um funcionário do contador do grupo. A investigação concluiu que a empresa de fachada era, na prática, operada pelos próprios sócios da rede.
A Polícia Civil cumpriu 10 mandados de busca e apreensão no Gama, Santa Maria, Ceilândia e Valparaíso de Goiás. A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores equivalentes ao montante sonegado.
Os investigados podem responder por sonegação fiscal, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O nome da operação faz referência ao termo hebraico “Bethlehem”, que significa “casa do pão”, em alusão ao principal ramo de atuação dos empresários. A ação mobilizou cerca de 60 policiais civis.

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