
Por Lara Costa
A Marcha das Mulheres Negras lançou, nessa terça-feira (25/11), o manifesto por reparação e bem-viver, firmando o compromisso do grupo com a sociedade. Milhares de mulheres negras de todas as regiões do país e também do exterior ocupam o entorno do Museu da República.
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"Considerando que ainda vivemos sob a lógica de relações de poder fundadas no colonialismo e escravidão na era das catástrofes climáticas, que coloca ainda mais em risco as existências negras e de toda a biosfera, convocamos as mulheres negras de todo o mundo para, irmanadas, exigir Reparação histórica e construir as sociedades de Bem Viver que sonhamos", diz o documento.
"Marchar por Reparação e Bem-Viver exige a adoção de um amplo programa que se distancie das propostas desenvolvimentistas em curso, algumas indisfarçavelmente bélicas, e de uma visão que nos exclui do exercício do comum. Nosso projeto político é constituído de outras matrizes, de outros saberes e fazeres, de outras cosmopercepções e filosofias, o que significa a luta constante contra o racismo patriarcal."
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Compromisso
Elas também reforçam a importância do movimento dez anos depois da Carta das Mulheres Negras de 2015, documento político histórico. "Afirmamos que o avanço do fascismo, da cultura do ódio e da expropriação dos bens públicos e naturais agravou o contexto político e social no cenário mundial, regional e nacional."
Nesse sentido, o documento ressalta o protagonismo e autonomia das mulheres negras na formulação, gestão, execução e avaliação em algumas proposições, como: reconhecimento público do Estado brasileiro da dívida histórica material e imaterial por ato normativo do Presidente da República; criação do Fundo Nacional de Reparação para compensação dos prejuízos causados pela escravização e colonização, de duração indeterminada; entre outros.
Para ler o manifesto na íntegra, acesse o link.

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