
Manuela Sá*
A forma como o racismo impacta o cuidado com a saúde da pele negra foi um dos temas do CB.Saúde — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quinta-feira (27/10). Às jornalistas Sibele Negromonte e Rosane Garcia, o médico André Moreira, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Skin of Color Society, destacou que, apesar da ideia popular de que a pele negra é menos propensa a desenvolver doenças, tanto pessoas brancas quanto negras “envelhecem e estão sujeitas aos efeitos do tempo e do ambiente ao redor”.
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De acordo com o médico, o risco está no DNA e pode aumentar ou diminuir, de acordo com práticas da pessoa. “Todos precisamos de hábitos de atenção e de cuidado com as nossas peles para que tenhamos uma vida saudável”, acrescentou.
Moreira falou, ainda, sobre a dificuldade enfrentada por pessoas negras para acessar serviços de saúde, o que compromete o diagnóstico precoce e a possibilidade de cura. “Nesse aspecto, a pessoa preta está mais propensa a ter um problema grave de pele”, observou.
Segundo ele, a falta de acesso e de informação sobre riscos dermatológicos contribui para que doenças sejam diagnosticadas tardiamente e evoluam de forma mais severa na população negra. Outra dificuldade, de acordo com o médico, é que, geralmente, doenças como os cânceres muito malignos, na pele preta têm uma característica de serem naturalmente mais agressivas. "São lesões que avançam mais rápido e têm uma dificuldade maior de cura.”
Assista à íntegra do programa:
*Estagiária sob supervisão de Eduardo Pinho

Cidades DF
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