ASTRONOMIA

Júpiter ficará a menor distância da Terra dos últimos 59 anos; entenda

A maior aproximação de Júpiter com a Terra ocorrerá por causa do fenômeno conhecido como "oposição", fazendo com que o planeta pareça maior e mais brilhante. Saiba como observar

Aline Gouveia
postado em 22/09/2022 15:21 / atualizado em 22/09/2022 15:21
A oposição ocorre quando um objeto astronômico surge no leste — enquanto o Sol se põe no oeste —, colocando-os em lados opostos da Terra -  (crédito: NASA, ESA, A. Simon (Goddard Space Flight Center) e MH Wong (Universidade da Califórnia, Berkeley))
A oposição ocorre quando um objeto astronômico surge no leste — enquanto o Sol se põe no oeste —, colocando-os em lados opostos da Terra - (crédito: NASA, ESA, A. Simon (Goddard Space Flight Center) e MH Wong (Universidade da Califórnia, Berkeley))

Na segunda-feira (26/9), os admiradores do céu e entusiastas de astronomia poderão ter uma boa vista de Júpiter. Isso porque o planeta fará a maior aproximação da Terra desde 1963, fazendo com que o corpo celeste pareça maior e mais brilhante. Esse evento vai ocorrer por causa do fenômeno conhecido como oposição.

A oposição ocorre quando um objeto astronômico surge no leste — enquanto o Sol se põe no oeste —, colocando-os em lados opostos da Terra. A oposição do planeta ocorre a cada 13 meses e ele está a aproximadamente 600 milhões de milhas de distância. Estima-se que na maior aproximação, Júpiter ficará a 367 milhões de milhas de distância da Terra.

Quando a Lua subiu sobre as montanhas Wasatch, perto de Salt Lake City, em 27 de fevereiro de 2019, o planeta Júpiter pôde ser visto, juntamente com três de suas maiores luas. Astrônomos devem ter uma visão semelhante de Júpiter em oposição na segunda-feira (26/9)
Quando a Lua subiu sobre as montanhas Wasatch, perto de Salt Lake City, em 27 de fevereiro de 2019, o planeta Júpiter pôde ser visto, juntamente com três de suas maiores luas. Astrônomos devem ter uma visão semelhante de Júpiter em oposição na segunda-feira (26/9) (foto: NASA/Bill Dunford)

O astrofísico e pesquisador da Nasa, Adam Kobelski, recomenda o uso de telescópio de 4 polegadas (ou maior) e alguns filtros na faixa verde e azul para aumentar a visibilidade das características do planeta. No entanto, um bom binóculo já garante que ao menos três luas de Júpiter sejam visíveis.

Cabe ressaltar que a visualização ideal depende de uma altitude mais elevada em uma área escura e céu aberto. “As vistas devem ser ótimas por alguns dias antes e depois de 26 de setembro. Então, aproveite o bom tempo em ambos os lados desta data para apreciar a vista. Fora a Lua, deve ser um dos, se não o objetos mais brilhantes no céu noturno", explica Kobelski.

Júpiter tem 53 luas nomeadas. Io, Europa, Ganimedes e Calisto são as quatro maiores, chamadas de satélites galileanos, porque foi Galileu Galilei que as observou pela primeira vez, em 1610. Com binóculos ou telescópios, esses satélites devem aparecer como pontos brilhantes ao lado do planeta em oposição.

Cientistas acreditam que estudar Júpiter pode levar a descobertas revolucionárias sobre a formação do sistema solar. A espaçonave Juno estuda o planeta há seis anos, fornecendo imagens e dados sobre a atmosfera, campo magnético interno e magnetosfera do corpo celeste.

O próximo projeto de exploração de Júpiter é o Europa Clipper. A espaçonave vai estudar a lua Europa, conhecida por sua concha gelada e vasto oceano que fica abaixo da superfície. O lançamento está programado para 2024 e os cientistas da Nasa pretendem descobrir se a famosa lua de Júpiter tem condições de abrigar vida.

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