ASTRONOMIA

Planeta jovem próximo do tamanho da Terra é metade lava e metade rocha

Um lado é tão quente que as rochas estão constantemente derretendo. O outro não recebe luz

O planeta interessa aos astrônomos porque fica em uma estrela relativamente próxima (73 anos-luz de distância da Terra) -  (crédito: Igor Filonenko/Shutterstock.com)
O planeta interessa aos astrônomos porque fica em uma estrela relativamente próxima (73 anos-luz de distância da Terra) - (crédito: Igor Filonenko/Shutterstock.com)
postado em 23/01/2024 12:48 / atualizado em 23/01/2024 12:49

Um planeta descoberto recentemente tem intrigado os cientistas por ser o recordista de vários aspectos. Um deles é o calor extremo que faz com que um lado seja coberto de lava. A pesquisa foi publicada no Astronomical Journal.

O planeta, identificado HD 63433d e também conhecido como TOI 1726, interessa aos astrônomos porque fica em uma estrela relativamente próxima (73 anos-luz de distância da Terra) e porque se assemelha a um Sol jovem, isso porque os cientistas acreditam que ele tem cerca de 10% da idade do nosso astro-rei.

Após uma análise mais aprofundada, a equipe concluiu que o HD 63433d tem um diâmetro cerca de 7% maior que o da Terra, mas sua órbita, ou seja, a trajetória gravitacionalmente ao redor de uma estrela, dura apenas 4,2 dias. Isso significa três coisas: ele está próximo da estrela que orbita, que ele é incrivelmente quente e um dos lados estará sempre voltado para a estrela.

Assim, estima-se que o lado voltado para a estrela tenha uma temperatura de 1.257ºC (2.294ºF). Isso não significa apenas que a atmosfera tenha se dissipado, mas que as rochas se transformem em lava.

Mesmo assim, o HD 63433d não é o planeta mais quente descoberto pelos cientistas. O KELT-9b um exoplaneta encontrado por cientistas da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos é o mais quente já relatado, com temperatura de 4.327ºC. 

A HD 63433 tem características que a marcam como membro do aglomerado conhecido como Ursa Maior, um conjunto de estrelas que formam um aglomerado há cerca de 414 milhões de anos e se afastam gradualmente.

Cientistas estimam que planetas assim podem ensinar sobre a ausência de vida que pode ocorrer em um sistema estelar.

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