ASTRONOMIA

Asteroide Dimorphos, desviado em 2022, é um conglomerado de detritos

A missão histórica da DART, que ocorreu a uma distância de aproximadamente 11 milhões de quilômetros da Terra, foi considerada um sucesso, principalmente após a análise das repercussões do impacto na órbita de Dimorphos

Dimorphos (o menor)  à esquerda e Didymos 
(o maior) 
à direita -  (crédito: Photo courtesy of NASA/Johns Hopkins APL.)
Dimorphos (o menor)  à esquerda e Didymos (o maior) à direita - (crédito: Photo courtesy of NASA/Johns Hopkins APL.)
postado em 27/02/2024 06:00

O asteroide Dimorphos, um dos corpos celestes mais famosos desde que foi desviado de sua trajetória, em setembro de 2022, pela espaçonave DART, da NASA, é, na verdade, um conglomerado de detritos provenientes de seu irmão maior, Didymos, em torno do qual orbita. A missão histórica da DART, que ocorreu a uma distância de aproximadamente 11 milhões de quilômetros da Terra, foi considerada um sucesso, principalmente após a análise das repercussões do impacto na órbita de Dimorphos.

Segundo a AFP, observou-se que o asteroide desviado, com cerca de 160 metros de diâmetro, completou uma órbita em torno de Didymos, cujo diâmetro é de 800 metros, em menos de 12 horas. O tempo de cada volta foi reduzido em mais de meia hora após o impacto do DART.

Os dados coletados por um microssatélite italiano, que acompanhou a missão, sugerem que Dimorphos é mais do que um simples asteroide. Na verdade, o estudo liderado por Sabina Raducan, da Universidade de Berna, Suíça, indica que Dimorphos é um aglomerado de detritos, o que foi confirmado por simulações e observações antes do impacto da DART.

Nos estudos, de acordo com as simulações, "Dimorphos era uma 'estrutura' muito fácil, que ofereceu pouca resistência" ao impacto de DART e seus 610 kg, segundo o coautor do estudo, Patrick Michel, astrofísico do Observatório da Costa Azul, em entrevista à AFP. Michel afirmou que essa fragilidade permitiu que a colisão "em vez de criar uma cratera com cerca de dez metros de diâmetro, provocasse uma deformação completa do corpo celeste", acrescentou.

Os cientistas aguardam ansiosamente a chegada da sonda HERA, da ESA, a Agência Espacial Europeia, programada para 2026, para investigar o asteroide com tecnologia mais avançada. A descoberta não apenas lança luz sobre a natureza dos asteroides de silício, mas também oferece insights valiosos para possíveis estratégias de defesa planetária contra ameaças cósmicas.

 Imagens da Lua

A sonda Odysseus, da empresa norte-americana Intuitive Machine, não-tripulada, capturou a imagem de aproximadamente 35 segundos após tombar durante a aproximação ao local de pouso. O módulo lunar segue se comunicando com os controladores de voo, informou a companhia privada. Depois de compreender os requisitos de comunicação ponta a ponta, o Odysseus enviou imagens da superfície lunar de sua descida vertical para o local de pouso. A nave, que tem mais de quatro metros de altura, alunissou na noite do dia 22. Foi a primeira vez, após meio século, que uma missão dos Estados Unidos pousa na Lua. A equipe pretende coletar dados até que os painéis solares do módulo de pouso não estejam mais expostos à luz. "Com base no posicionamento da Terra e da Lua, acreditamos que os controladores de voo continuarão a comunicar com o Odysseus até terça-feira (hoje) de manhã." A previsão inicial era de que o equipamento funcionasse por cerca de sete dias após a alunissagem.

 

 

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