Tecnologia

"Botão" que "mata" IAs é proposto por empresas de tecnologia

A ideia foi elaborada no AI Seoul Summit, evento na Coreia do Sul que teve participação de representantes de vários países

O novo acordo proposto tem como objetivo garantir a segurança no desenvolvimento de IAs -  (crédito: DeltaWorks/Pixabay)
O novo acordo proposto tem como objetivo garantir a segurança no desenvolvimento de IAs - (crédito: DeltaWorks/Pixabay)

Grandes empresas de tecnologia como Microsoft, Amazon, Google e OpenAI (criadora do ChatGPT) se comprometeram em criar um tratado sobre a Inteligência Artificial, especialmente voltado para questões de segurança. A ideia surgiu no AI Seoul Summit, evento na Coreia do Sul que teve participação de representantes de vários países.

O novo acordo proposto tem como objetivo garantir a segurança no desenvolvimento de IAs e dos modelos de linguagem para essas plataformas.

O principal receio é no uso dessas tecnologias por criminosos e, por isso, as empresas vão especificar perigos tidos como "intoleráveis" e os protocolos das empresas de tecnologia para se assegurar que não se cruze esse limite.

Uma das sugestões para o tratado, que é de adesão voluntária, é de que todas as empresas se comprometam a criar um "botão de emergência" que pode pausar o desenvolvimento ou fornecimento da tecnologia em caso de perda de controle por parte da empresa.

As discussões sobre a regulação das IAs não são novas. A União Europeia, por exemplo, tem procurado reprimir o desenvolvimento desenfreado das IAs com a criação de um lei própria.

No Brasil, a discussão sobre o tema ainda caminha a passos lentos.

Em abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país terá uma regulamentação sobre o tema e que deverá ser lançada em junho, durante uma conferência nacional.

"Até lá (todos) estão desafiados a apresentar um projeto de IA para a gente não ter que copiar de outro país as coisas importantes que precisamos", disse ele na época.

No Congresso Nacional, um projeto protocolado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deveria ter sido discutido em abril, mas a discussão não avançou e não há data para a discussão no parlamento. O tema também é um desafio para o Tribunal Superior Eleitoral. Em ano de eleições municipais, a Corte Eleitoral restringiu o uso da Inteligência Artificial para evitar fraudes e manipulação de eleitores. 

 

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postado em 27/05/2024 13:09 / atualizado em 27/05/2024 13:11
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