
Uma dieta baseada em quilos de queijo, tabletes de manteiga e muita carne gordurosa resultou em uma situação peculiar nos Estados Unidos. Um homem registrou o aparecimento de nódulos amarelos nas mãos, cotovelos e pés, um acúmulo de colesterol e gordura que "vaza" pela pele.
O caso publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) caracteriza o xantelasma, condição não tão incomum quando há altos índices de colesterol no organismo. O depósito de gordura se forma abaixo da superfície da pele e resulta em bolsas amareladas que "vazam", o que geralmente aparece nas regiões dos olhos.
Colesterol elevado
Todos possuem um nível de gordura colesterol no corpo. Quando em níveis elevados, as artérias podem ser obstruídas e apresentar placas de gordura no transporte sanguíneo, o que pode culminar no infarto e no AVC.
Segundo dados do Ministério da Saúde, 40% da população brasileira apresenta índices altos de colesterol. Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que uma em cada quatro crianças e adolescentes no Brasil possuem o colesterol alto.
O cardiologista Eduardo Reis argumenta que o colesterol é um fator de risco para doenças cardiovasculares quando em níveis elevados. O xantelasma é um sinal do acúmulo da gordura que não apresenta sintomas além do depósito. “Ele sinaliza que o metabolismo não está bem e pode indicar o desenvolvimento de doenças como diabetes e hipertensão”, alerta.
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Xantelasma
A dermatologista Nádia Barbosa Aires explica que os xantomas são depósitos de lipídeos abaixo da pele. Entre vários tipos de xantomas cutâneos, o xantelasma se apresenta como placas amareladas, geralmente na pálpebra, que pode ocorrer com ou sem colesterol sanguíneo elevado.
Para tratar, Nádia recomenda a cirurgia ou a destruição da lesão através do uso de ácidos, crioterapia ou eletrocoagulação – entretanto, a recorrência após a remoção é comum. Embora sem riscos direto para a saúde, a lesão pode estar acompanhada de outras condições malignas.
“A investigação da causa do Xantelasma pode ser com a dosagem do colesterol no sangue, além de investigar histórico familiar e pessoal de doenças e uso de medicamentos”, completa.
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