Uma nova tese brasileira pode ajudar a decifrar o que ocorre no corpo durante práticas como reiki, toque terapêutico e qigong. Conhecidas há séculos em tradições orientais e indígenas, as terapias energéticas sempre foram cercadas de relatos sobre seus benefícios, mas careciam de um mecanismo biofísico capaz de explicar cientificamente como funcionam. Agora, o doutorando brasileiro Rick Sá, especialista em saúde integrativa, apresenta um modelo que busca preencher essa lacuna e aproximar o campo da medicina convencional dessas práticas.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
O estudo, publicado na revista científica Explore – The Journal of Science & Healing (Elsevier), sugere que o organismo emite partículas de luz extremamente sutis, os chamados biofótons, que seriam capazes de influenciar processos celulares, aliviar dores crônicas e melhorar sintomas emocionais. “Essas emissões podem ser moduladas pela intenção do terapeuta e pela interação energética com o paciente, funcionando como um tipo de ‘biocomunicação’ que favorece o equilíbrio do organismo”, explica.
A pesquisa se baseia na biofotônica, área que investiga a interação da luz com sistemas biológicos. Segundo Sá, o corpo humano produz emissões ultra fracas de fótons (UPEs, na sigla em inglês), um fenômeno natural que pode participar da regulação celular, mecanismos que controlam o ciclo de vida da célula, incluindo sua divisão, crescimento, diferenciação e morte.
O modelo sugere ainda que, quanto mais intensa a emissão de UPEs em uma célula, mais fragilizada energeticamente ela estaria. Nas terapias energéticas, o terapeuta poderia transferir UPEs ao paciente, ativando processos celulares que reduzem o estresse oxidativo e aumentam a produção de energia (ATP), o que contribuiria para a melhora dos sintomas.
Para Rick Sá, essa descoberta abre espaço para integrar saberes tradicionais e ciência moderna. “Isso está alinhado à abordagem mais recente da Organização Mundial da Saúde e às tendências da saúde integrativa. É possível unir metodologias científicas a epistemologias tradicionais, respeitando a origem de cada prática e validando seus efeitos”, afirma.
No caso de doenças graves, o pesquisador destaca o potencial adjuvante dessas terapias. “Em pacientes com câncer, as intervenções de biocampo ajudaram a reduzir ansiedade e depressão, além de preservar células do sistema imunológico importantes no combate à doença”, diz.
Essa proposta vai ao encontro de evidências observadas em centros de referência dos Estados Unidos, como o National Cancer Institute e o MD Anderson Cancer Center, onde essas terapias vêm sendo usadas como complementares no tratamento de diferentes estágios do câncer. Nessas instituições, pacientes relataram redução da dor, do estresse e de sintomas emocionais negativos.
O trabalho chamou atenção de cientistas da física clássica e de líderes internacionais que investigam a cura energética. Para Sá, isso indica que duas áreas historicamente distantes podem convergir. “Na ponta final, o público pode começar a compreender que somos seres energéticos, sensíveis e responsivos ao ambiente que nos cerca”, conclui.
Saiba Mais
-
Ciência e Saúde O que significa sonhar que está caindo, segundo a psicologia
-
Ciência e Saúde Primeira xícara de café do dia deixa as pessoas mais felizes
-
Ciência e Saúde Como gatos com demência podem ajudar a encontrar cura para o Alzheimer
-
Ciência e Saúde Dificiência de vitamina D aumenta 22% o risco de lentidão da marcha em idosos
-
Ciência e Saúde Pesquisadores descobrem a "fonte da juventude" do sistema imunológico
-
Ciência e Saúde Adultização: por que pular etapas e transformar crianças em pequenos adultos não é saudável
